26 de ago. de 2015

Primeiras impressões do Honda CR-V EXL

Primeiras impressões do Honda CR-V EXL

A Honda sabe bem o potencial do mercado de SUVs no Brasil. Atualmente, a marca japonesa colhe bons frutos do compacto HR-V, que já lidera o segmento no país. Mas nem por isso deixou de ampliar sua perspectiva. Desde julho, a fabricante vende o utilitário médio CR-V reestilizado, em sua linha 2015. Importado do México, o modelo passou por uma leve mudança estética e, de quebra, ganhou elementos visuais e tecnológicos que evidenciam cada vez mais a função urbana do crossover. Veja também:
  • Novo Honda CR-V 2015 traz tração 4x4 e motor 2.0 16 válvulas
A Honda decidiu nivelar o modelo na parte de cima de seu line-up: o SUV é vendido apenas na versão EXL e por impressionantes R$ 134.900. O CR-V é animado pelo mesmo motor 2.0 16V Flex do Civic, que rende 155 cv de potência e 19,5 kgfm de torque, disponíveis a 4.800 rpm, quando abastecido com etanol. Com gasolina no tanque, esses números descem para 150 cv e 19,3 kgfm. O trem de força é completado por uma transmissão automática de cinco velocidades que distribui o torque para as quatro rodas.

Visualmente, o utilitário esportivo mudou principalmente na dianteira, que passou a adotar a atual identidade visual da marca. Com isso, o modelo ganhou grade tipo colmeia, com uma barra cromada e outra em preto brilhoso, novo conjunto ótico com luzes diurnas em led, faróis de chuva retangulares envoltos em moldura cromada e para-choque redesenhado e mais encorpado. Já atrás está um novo para-choque e friso cromado que contorna a parte inferior do vidro e avança sobre as lanternas. De perfil, as rodas de liga leve de 17 polegadas têm um design também renovado, mais esportivas.

Por dentro, o painel mistura materiais suaves ao toque com detalhes cromados. O console central ficou maior – graças à mudança do freio de estacionamento, que passa a ser de pedal – e os passageiros traseiros contam com saídas de ar-condicionado, que na dianteira é dual zone. O volante agrega os comandos do sistema de áudio e do piloto automático. Volante, alavanca de câmbio e bancos recebem revestimento em couro.

Mas o principal destaque do interior do SUV médio da Honda é a central multimídia. A tela touch de 7 polegadas conta com GPS integrado com informações de trânsito por meio de radiofreqüência. Na prática, o equipamento dispensa a conexão com a internet para informar as condições de trânsito e, se preciso, sugerir rotas alternativas. Por enquanto, o serviço está disponível apenas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Há ainda conexão wi-fi com o uso de browser para acesso à internet, mas só funciona quando o carro está parado – questão de segurança, para evitar acidentes. A central tem ainda conexão Bluetooth e entrada HDMI para reproduzir áudio, vídeo e imagens em alta definição por meio de dispositivos como notebooks e câmaras digitais.

Outro diferencial da tela do sistema de entretenimento é que ele reproduz as imagens da câmara de ré em três modos diferentes de visualização. O primeiro é o normal, o segundo com grande angular, que aumenta o campo de visão, e o terceiro exibe de cima para baixo, mostrando o chão para o motorista. O estacionamento é facilitado ainda por uma outra novidade: a função Tilt Down no retrovisor externo direito. Quando a ré é engatada, o espelho é automaticamente ajustado para baixo. Outra mudança fica por conta da adoção de chave presencial, que possibilita o acesso ao SUV e também à partida do motor com apenas um toque.

Não há como prever um número de vendas muito alto em relação ao CR-V. O modelo está sujeito à cota imposta em acordo para a importação sem o Super IPI. Para esse segundo semestre de 2015, estão liberadas 2.500 unidades. Exatamente o que a marca espera vender até o final do ano.

Primeiras impressões

De cara, o porte do Honda CR-V impressiona. O design pouco ousado até transmite certa falta de personalidade, mas é inegável a aparente robustez do SUV médio. Por dentro, o visual é sóbrio e não esbanja requinte. Mas também não faz feio. Os materiais têm textura agradável, encaixes perfeitos e aparentam boa qualidade. O espaço interno é compatível com a categoria. Quatro pessoas viajam de forma confortável e os bancos recebem muito bem seus ocupantes. Mas, pela faixa de preço, decepciona a falta de ajustes elétricos pelo menos para o assento do motorista.
Em movimento, nada de grandes surpresas. Não há sensação de falta de força, mas também não há sobra. Basta lembrar que o trem de força, com propulsor 2.0 16V e câmbio de cinco velocidades utilizado no CR-V, é o mesmo do sedã médio Civic – que é 255 kg mais leve, ou 16% a menos que os 1.579 kg do utilitário. O câmbio automático tem relações longas que auxiliam na redução de combustível mas não dão muito ânimo. Aliás, quem não se importar de dirigir o modelo em uma tocada mais mansa e quiser de fato priorizar a economia, pode apertar a tecla Econ.
A central multimídia é destacada pela marca como um dos principais trunfos do modelo. E se trata mesmo de um equipamento bem completo. Principalmente pelo recurso de informações de trânsito por meio de radiofreqüência. Sem qualquer conexão com a internet, o carro informa ao motorista quanto tempo ele levará ao destino e avisa, em tempo real, se algum congestionamento se formou no caminho proposto. As informações são dadas através de cores e têm uma leitura extremamente simplificada.

Ficha técnica

Honda CR-V EXL

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.997 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando variável de válvulas e comando simples no cabeçote. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.
Potência máxima: 150 cv (gasolina) e 155 cv (etanol) a 6.300 rpm.
Torque máximo: 19,3 kgfm (gasolina) a 4.700 rpm e 19,5 kgfm (etanol) a 4.800 rpm.
Diâmetro e curso: 81,0 mm x 96,9 mm.
Taxa de compressão: 11,0:1.
Transmissão: Câmbio automático de cinco velocidades à frente e uma a ré, com trocas manuais no volante. Tração integral. Controle eletrônico de tração. 
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson. Traseira independente do tipo Multi-link. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 225/65 R17.
Freios: A discos na frente e atrás. Oferece ABS e EBD.
Carroceria: Utilitário esportivo em monobloco, com quatro portas e cinco lugares. Com 4,58 metros de comprimento, 1,82 m de largura, 1,65 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais e de cortina.
Peso: 1.579 kg.
Capacidade do porta-malas: 589 litros.
Tanque de combustível: 71 litros.
Produção: Jalisco, México.
Lançamento mundial: 2011.
Lançamento no Brasil: 2012.
Reestilização: 2014.
Chegada da reestilização no Brasil: 2015.
Itens de série: Ar-condicionado digital dual zone com saída traseira, volante multifuncional em couro com ajuste de altura e profundidade, piloto automático, bancos e alavanca do câmbio em couro, central multimídia com tela de 7 polegadas com entrada HDMI, conexão wi-fi, GPS e informações em tempo real de trânsito via radiofreqüência, câmara de ré com três modos de visão, chave presencial, luz indicadora de direção nos retrovisores externos, função Tilt Down, teto solar elétrico, sensor crepuscular e de chuva, função Econ para redução do consumo de combustível, controle de tração e de estabilidade, direção elétrica, hill assist, freio de estacionamento por pedal, airbags frontais, laterais e de cortina. 
Preço: R$ 134.900.
Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

Ajuste fino - Honda aproveita a reestilização do CR-V para retomar a importação apenas na versão de topo

Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 26 Aug 2015 08:35:00

Nenhum comentário:

Postar um comentário