7 de abr. de 2016

Primeiras impressões da nova geração do Audi A4 no Brasil

Primeiras impressões da nova geração do Audi A4 no Brasil

O A4 mudou de status. Com o médio A3 no posto de sedã de entrada da Audi, a nova geração do A4 foi empurrada para cima e subiu um degrau na cadeia alimentar do mercado de luxo. Isso se reflete principalmente na tecnologia embarcada, no requinte e, claro, no preço do modelo. O novo A4 chega em uma versão única de lançamento, com motor 2.0 de 190 cv e muito bem equipada, por R$ 172.990. Outras três configurações virão em seguida, com mesmo motor e preços aproximadamente 15% maiores. A Attraction, que custa R$ 159.990, e a Ambiente, de R$ 182.990, desembarcam em maio. A top de linha Ambition, com motor 2.0 de 252 cv, só dá as caras no segundo semestre e não tem seu preço definido ainda. Veja também:
  • Teste do Audi A4 e Audi A5, com motor 1.8 turbo FSI
Referir-se ao A4 de nona geração como novo não é apenas retórica. Tudo no modelo foi mexido: de plataforma e motor à carroceria. O visual manteve o mesmo aspecto geral da antiga geração, com conjuntos óticos dianteiros e traseiros horizontais, que valorizam a largura do modelo. Só que agora faróis e lanternas ganharam uma nova assinatura, com aspecto mais tridimensional. A linha de cintura alta reforça a ideia de robustez e os recortes mais angulosos no capô e porta-malas modernizaram a estética do sedã. As dimensões também quase não mudaram. Ganhou apenas 2,5 cm no comprimento, 1,6 cm na largura e 1,2 cm na distância de um eixo ao outro, com exatamente a mesma altura. As medidas ficaram com 4,73 metros de uma ponta à outra com 1,83 m de largura, 2,82 m de entre-eixos e 1,43 m do chão ao teto.

Uma alteração importante foi no conjunto mecânico. O antigo motor 1.8 turbo de 170 cv e câmbio CVT dá lugar ao 2.0 TFSI de 190 cv e transmissão de dupla embreagem com sete velocidades. Este propulsor tem duplo sistema de injeção – direta e multiponto – conjugado com o sistema de variação de abertura de válvulas de funcionamento bem sofisticado. Em situações pouco exigentes, as válvulas são mantidas abertas no início da compressão, o que reduz o esforço na subida do pistão. É como se o volume do motor fosse reduzido para 1.4, embora o resultado da explosão seja aproveitado integralmente por todo o volume do cilindro. Como resultado, os índices de consumo e de emissões caíram dramaticamente. Segundo o InMetro, o A4 percorre 11 km/l em ciclo urbano e 14,3 km/l na estrada, com nota A na categoria. O A4 anterior obteve nota B.

Como vem ocorrendo com as novas gerações dos modelos da Audi, o A4 passou a contar com o chamado Cockpit Virtual da marca. Trata-se de uma tela de 12,3 polegadas que ocupa todo o quadro de instrumentos. Através do volante multifuncional, o condutor navega pelas informações do computador de bordo, do sistema multimídia, dos modos de condução – que alteram direção, câmbio e resposta do motor – e do GPS. Todos estes recursos são replicados ainda na tela central, com comando através de botões no console central. Uma terceira tela, opcional, é mais minimalista. Trata-se do head up display, que projeta no vidro à frente do motorista a velocidade e as direções indicadas pelo sistema de navegação.

Envolvendo esta tecnologia interativa, o A4 ganhou um certo refinamento. O interior combina superfícies em alumínio com revestimentos em couro sintético e plásticos soft touch. Os bancos também recebem acabamento em couro sintético. Uma boa parte da sofisticação oferecida pelo A4 só aparece na lista de opcionais. Caso da sonorização da dinamarquesa Bang & Olufsen, com subwoofer e 19 alto-falantes, do teto solar e até de um prosaico controle de cruzeiro.

Em um segundo momento, a Audi promete disponibilizar no A4 um controle de cruzeiro adaptativo – provavelmente com a versão mais esportiva, a Ambition, de 252 cv. Este sistema chegará junto com o Traffic Jam Assist, um assistente de engarrafamento, que controla o movimento do veículo no para-e-anda urbano em velocidades de até 65 km/h.

Por enquanto, há apenas a possibilidade do side assist, que monitora o tráfego lateral, e do pre-sense rear, que prepara o carro para uma colisão traseira. Com o arsenal do novo A4, a Audi força para cima os limites de requinte e tecnologia do segmento de sedãs médios superiores. E a resposta a isso deve aparecer nas novas gerações do Mercedes-Benz Classe C e do BMW Série 3. Mas elas só devem chegar ao mercado na virada para a década de 2020.

Primeiras impressões

Evolução natural

Itu/SP – O Audi A4 não é mais aquele. Nesta nova geração,ele ficou bem melhor. Ganhou em espaço interno, em desempenho e em solidez. Segundo a marca, ele é capaz de fazer de zero a 100 km/h em apenas 7,3 segundos – um segundo exato a menos que a antiga geração. Isso não é resultado apenas do aumento da cilindrada, de 1.8 para 2.0, e dos 20 cv a mais. O novo A4 também está até 120 kg mais leve, em função dos aços especiais utilizados na construção. Na prática, isso se traduz em um ímpeto nas acelerações e retomadas que o coloca dinamicamente mais próximo aos modelos médio-grandes de luxo.
Só que este novo A4 impressiona antes mesmo que o botão de partida seja acionado. O interior é de extremo bom gosto, com materiais que aparentam melhor qualidade que os utilizados nos rivais alemães diretos. Superfícies em borracha macia, couro e alumínio se combinam para criar um ambiente bem sofisticado para o segmento. Depois é a vez de se impressionar com o painel em TFT, configurável pelo motorista – semelhante ao inaugurado no esportivo TT.
Em movimento, não se percebe o esforço do motor em animar o sedã. Primeiro pela ótima relação peso/potência, de 7,4 kg/cv, e depois pelo excelente isolamento acústico providenciado pela Audi. O comportamento do modelo se modifica de acordo com o modo de condução escolhido, mas nenhum deles abre mão do conforto ou da direção extremamente comunicativa. Apesar do tamanho – são 4,73 metros de comprimento –, o A4 também tem uma manobrabilidade que impressiona. É literalmente capaz de se locomover em ruas estreitas sem “se apertar”.

Ficha técnica

Audi A4 sedã 2.0 TFSI 

Motor: Gasolina, dianteiro, transversal, com quatro cilindros em linha, turbo-compressor, 1.984 cc, quatro válvulas por cilindro e duplo comando com válvulas de abertura variável. Duplo sistema de injeção, direta e multiponto.
Transmissão: Câmbio de dupla embreagem sequencial de sete velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência máxima: 190 cv entre 5 mil e 6 mil rpm.
Aceleração de zero a 100 km/h: 7,3 segundos.
Velocidade máxima: 240 km/h.
Torque máximo: 32,6 kgfm entre 1.450 e 4.200 rpm.
Suspensão: Dianteira independente do tipo multilink com triângulos de alumínio e barra estabilizadora. Traseira independente do tipo multilink com barra de ligação flexivel. Oferece controle de estabilidade.
Pneus: 225/50 R17.
Freios: Discos nas quatro rodas. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,73 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,43 m de altura e 2,82 m de distância entre-eixos. Oferece controle de estabilidade. 
Peso vazio: 1.405 kg.
Capacidade do porta-malas: 480 litros.
Capacidade tanque de combustível: 54 litros.
Preço da versão Launch Edition: R$ 172.990.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias

Para o alto e avante - Nova geração do A4 chega com mais requinte, tecnologia e potência

Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 06 Apr 2016 15:00:00

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