29 de jun. de 2015

Cinco razões pelas quais Erik Carlsson deve ser lembrado

Cinco razões pelas quais Erik Carlsson deve ser lembrado



Erik Carlsson faleceu hoje na Inglaterra e deixou uma nota amarga que apenas os pilotos de maior personalidade deixam ao partir dessa para a melhor. Nascido em 5 de março de 1929, o piloto sueco é praticamente inseparável da imagem da Saab, foi graças a ele e suas técnicas de direção particularmente talentosas que os carrinhos de dois tempos suecos conseguiram humilhar rivais bem mais potentes. A sua técnica sempre será admirada, mas não só por ela que ele tem seu lugar garantido no panteão de grandes pilotos de rali. Vamos a alguns fatos que fazem de Carlsson imortal. 1) Ninguém capotava como ele O apelido de "Carlsson no telhado" veio do livro infantil do mesmo nome (com a diferença do Karlsson grafado com "K") escrito pela sueca Astrid Lindgren. Na obra, o personagem Karlsson vive no telhado de um edifício residencial. Não muito diferente de Carlsonn, que tinha o hábito de deixar os carros de rali de ponta-cabeça. Até intencionalmente, como fez certa vez após ter sido questionado sobre jornalistas a respeito da sua "habilidade" para capotar. Virou até peça de propaganda da Saab, dá uma olhada na imagem de abertura.  2) Ele ensinou James Bond a andar na neve John Gardner foi um dos autores responsáveis por fazer novas aventuras do agente secreto James Bond após a morte do criador Ian Fleming. Em um dos romances, Icebreaker (de 1983), Carlsson é contratado para ensinar ao 007 técnicas de direção na neve para uma missão. Curiosamente, o carro de Bond nos livros de Gardner é um Saab 900 Turbo, apelidado de A besta prateada.



3) Freie com o pé esquerdo
Carlsson tirava o melhor dos Saab 92 com motores dois tempos. Praticamente mortos em baixas rotações, tais motores exigiam giro elevado. Para não perder velocidade em curvas, o piloto sueco passou a pisar no freio com o pé esquerdo, enquanto mantinha o direito pranchado no acelerador. Com derrapagens épicas e pilotagem sempre no limite, os carrinhos tocados por Carlsson mostraram-se imbatíveis a partir de 1955. Em 1962 e 1963, inclusive, ele levou um Saab 96 ao primeiro lugar do Rali de Montecarlo. 4) Inventividade é tudo Nelson Piquet deve ter tido mais do que lições de pilotagem com Carlsson. O sueco ficou famoso por várias jogadas. Certa vez, induziu os rivais da DKW a pedir a inspeção do seu Saab. Segundo a alemã, o modelo teria câmbio de quatro marchas no lugar do original de três relações, o que seria uma contravenção. Não era nada disso, para levá-los ao engano, Erik fazia uma dupla embreada ao passar pela outra equipe, como se estivesse passando uma marcha além da terceira, embora reengatasse a mesma velocidade.  



5) Seu cunhado era Stirling Moss
Erik casou-se em 1963 com Pat Moss, pilota de rali famosa também por ser a irmã de Stirling Moss. O Sir deu lhe a benção. Certamente o talento de Pat teve grande peso, ela foi a primeira a levar o apimentado Mini Cooper a uma vitória de peso, o Rali das Tulipas na Holanda. A união geraria não apenas uma filha, como também o livro A arte e a técnica de dirigir de 1965. 

Fonte: R7
Publicado em: 2015-05-27T18:36:00-03:00

Nenhum comentário:

Postar um comentário