É surpreendente a quantidade de boatos e falsas dicas que circulam (principalmente na internet) sobre o automóvel. Como reduzir o consumo, ganhar desempenho, controlar combustíveis e outras tantas, pois não faltam no Brasil “técnicos” em manutenção mecânica que não fazem a menor ideia do que estão falando... Voltou recentemente à baila a mal explicada dica para se misturar querosene ao etanol, que é muito “seco” e, com esta mistura, proteger o motor. Antes do flex, houve uma época (Proálcool) que só se produziam carros com motor a etanol. Existiam postos (eu cheguei a ver um deles) que instalavam um bomba de querosene. Pois principalmente os motoristas de taxi aderiam à ideia e colocavam alguns litros de querosene ao abastecer com etanol. Perguntei ao dono do posto se aquela bomba era para aviões. Ele me olhou surpreso e eu disse que querosene como combustível, só em turbinas... Não há dúvida de que a gasolina tem um poder maior de lubrificação que o etanol, o que poderia fundamentar tecnicamente esta dica. Hoje, com o flex, há quem aconselhe o motorista, depois de abastecer várias vezes com o álcool, intercalar um tanque de gasolina. Neste caso, mal não faz, embora seja desnecessário. Mas colocar querosene no tanque pode causar danos ao motor e deve ser evitado. A rigor, existe uma utilização para o querosene no automóvel, mas não é no motor. Quando o carro passa por uma estrada que está sendo asfaltada, costuma grudar “piche” na pintura. Uma mancha preta difícil de ser removida. Esfregar água com shampoo não adianta. A solução é misturar 5% de querosene na água (não mais do que este percentual) e lavar a região atingida pelo piche. Não se esquecer, logo depois, de lavar a região com bastante água pura para remover qualquer resíduo do querosene, pois ele pode atacar a pintura.
Fonte: R7
Publicado em: 2016-09-12T15:51:00-03:00
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