Vendas de veículos sobem em maio, mas produção... por thevideos11 Presidente vê melhora no 2° semestre Diogo de Oliveira/R7
Produção chegou ao mesmo nível de 2004, com 834.054. Pátios cheios chegam com volume suficiente para 42 dias 11.04.2014/MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO CONTEÚDO A Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos) divulgou nesta segunda-feira (6) o balanço da indústria automobilística em maio. O cenário de crise aguda persiste, mas pela primeira vez em meses o mercado dá sinais de recuperação na produção e também nos emplacamentos. Houve um aumento tímido de 2,8% nas vendas, e de 3,2% no total de unidades entregues pelas fábricas. Segundo Antonio Megale, presidente da entidade, há esperança de que os resultados melhorarem no segundo semestre. — É uma questão de confiança. Na medida em que a política e a economia começam a se estabilizar, os efeitos serão mais explícitos, o mercado vem junto. Já estamos num nível de estabilização de emplacamentos, e normalmente temos números mais positivos no fim do ano. Então acreditamos em um aumento gradual das vendas em relação a 2015, com a melhoria da confiança dos consumidores. Entendemos também que ainda há espaço para crescimento das exportações, e isso deve resultar consequentemente numa produção maior. No acumulado de janeiro a maio, porém, os números seguem para lá de preocupantes. A produção chegou ao mesmo nível de 2004, com 834.054 veículos entregues no período contra 1.101.686 modelos produzidos nos cinco primeiros meses de 2015 — uma queda de 24,3%. Já os emplacamentos somaram 811.739 unidades, total 26,6% inferior aos 1.106.425 veículos comercializados nos cinco meses do ano passado. Estoque segue alto e exportações são alento Segundo a associação das montadoras, o pequeno incremento nas vendas reduziu os estoques na rede, mas os pátios ainda estão cheios, com volume suficiente para 42 dias. Ainda é uma quantidade elevada e deve haver ações das empresas para redução desse valor. A capacidade ociosa atual nas fábricas é de mais de 50% para veículos leves e de quase 70% para caminhões. Diante do cenário, as exportações passam a ser o principal combustível para a indústria. Em 2016, já foram enviados 183.253 veículos ao exterior, um avanço de 21,8% em relação ao volume exportado de janeiro a maio do ano passado. Já em relação aos empregos, houve um fechamento de 1.300 vagas, ainda há um esforço das montadoras para manutenção dos postos de trabalho, porém o nível segue nos patamares de 2010. Segundo Megale, "foram observadas contratações pontuais, para fazer frente a contratos ligados ao aumento de exportações". Contudo, há 27 mil funcionários com contratos suspensos, sendo 6 mil deles em layoff e 21 mil enquadrados no PPE (Programa de Proteção ao Emprego). Incentivos fiscais e novas projeções A Anfavea divulgou também novas projeções para 2016 na indústria. De acordo com a associação, apesar da tradicional alta nos negócios no segundo semestre, que ocorre por conta de fatores econômicos como o 13° salário, as vendas deverão cair 19% frente a 2015, no acumulado de janeiro a dezembro, totalizando algo como 2.080 milhões de unidades. Já a produção deve recuar 5,5% no mesmo período, com quase 2,3 milhões de veículos entregues. Megale também comentou que não espera que o governo federal conceda incentivos fiscais para o setor, e que a crise é muito mais impactada pela falta de confiança do consumidor agravada pelo momento político e econômico do País. — Não vemos nenhuma possibilidade de desoneração dos veículos, tampouco algum apoio nesse sentido por parte do governo. O que estamos buscando é uma estabilidade em relação às linhas de financiamento, e também clareza em relação à normas e regulamentos para os próximos anos. O país precisa voltar a crescer e esse é o principal vetor. Estamos tentando simplificar os processos de exportação, para estimular as fábricas, fornecedores e toda a cadeia produtiva. Assine o R7 Play e veja a Record online!
Fonte: R7
Publicado em: 2016-06-06T13:38:00-03:00
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