No final do século passado, a indústria automotiva mundial discutia como seria a mobilidade neste, com a inexorável necessidade de reduzir as emissões e o consumo de combustível. A Toyota fez sua aposta na tecnologia híbrida, que combina propulsores elétricos com motores movidos a explosão. Em 1997, lançou o Prius, que se tornou o primeiro automóvel híbrido a ser vendido em larga escala. Quase 20 anos depois, tudo indica que a aposta da marca japonesa foi acertada – tanto que cada vez mais fabricantes investem em híbridos. Nesse tempo, o Prius vendeu 5,7 milhões de unidades em 90 países – apenas 783 delas no Brasil, onde começou a ser comercializado em 2013. Agora, chega ao país a quarta geração do modelo, que incorpora nova estética, novas tecnologias e preço mais competitivo – sai por R$ 119.950. Por esse valor, a Toyota acredita que vai conseguir popularizar a tecnologia híbrida no país.
Lançada no Japão, Estados Unidos e Europa no final do ano passado, a quarta geração do Prius representa uma renovação total em relação ao modelo anterior. O carro é o primeiro a utilizar a nova plataforma global, denominada TNGA – Toyota New Global Architecture ou nova arquitetura global da Toyota. O estilo continua como um hatchback radicalmente aerodinâmico, com um perfil próximo ao de um cupê. O carro foi ligeiramente redimensionado: está 6 centímetros mais comprido, 2 cm mais largo e 2 cm mais baixo – apenas o entreeixos se manteve em 2,70 m. O design também evoluiu em relação ao anterior – uma evolução expressa matematicamente pela redução do coeficiente de penetração aerodinâmica, que caiu de 0,25 cx para 0,24 cx. Na frente, o capô está mais baixo e musculoso e os conjuntos óticos, em formato de T, incorporaram leds e estão mais agressivos. No perfil, o acabamento em preto fosco na coluna traseira dá a impressão de que o teto é flutuante. Na traseira, destaque para as lanternas com leds em forma de bumerangue, bem mais afiladas e elegantes que as antigas trapezoidais, e a antena estilo “barbatana de tubarão”. A “bossa” da luz azul sob as logomarcas dianteira e traseira da Toyota, presente na geração anterior, foi preservada.
O interior radicalizou o aspecto futurista apenas insinuado no Prius anterior e está mais incrementado e estiloso. O grande “nicho” que ficava sob o console, atrás da manopla de câmbio, não existe mais. A manopla agora está fixada pouco abaixo dos comandos de ar-condicionado e da grande tela de 7 polegadas da central multimídia. Fica posicionada horizontalmente no tablier e não verticalmente no console central – onde fica na maioria dos carros. Como na geração anterior, não há mostradores atrás do volante. Eles estão no alto do console central, na altura do vidro – algumas informações mais importantes, como a velocidade, são projetadas no parabrisas à frente do motorista, graças ao “head-up dsplay”. Os revestimentos cinza claros deram lugar a um interior predominantemente preto, com detalhes cromados.
Em termos da tecnologia híbrida em si, a quarta geração do Prius também apresenta evolução expressiva. Agora, o motor 1.8 litro VVT-1 16V DOHC a gasolina de 98 cv e 14,2 kgfm, que atua em parceria com um motor elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm, é gerenciado pelo novo sistema Hybrid Sinergy Drive. A Toyota fala em uma economia de até 20% no consumo de combustível na cidade, em relação ao Prius anterior. Segundo o InMetro, o modelo agora faz 18,9 quilômetros por litro de gasolina em circuito urbano e 17 km/l em rodovias – uma singularidade dos híbridos é consumir menos no circuito urbano, quando o motor elétrico atua mais em baixas velocidades. Segundo a Toyota, dependendo do motorista, é possível alcançar médias superiores a 33 km/l, em percurso urbano. O seletor de modo de condução permite escolher entre Normal, Eco (mais economia), Power (mais performance) e EV (exclusivamente elétrico).
Pelo que oferece e pelo valor que se pede por ele, é possível que o novo Prius obtenha o aumento de vendas que a Toyota espera. É o híbrido mais barato do país – com seu preço de R$ 119.950, custa quase R$ 30 mil a menos que o híbrido mais vendido atualmente no Brasil, que é o Ford Fusion, de R$ 149 mil. Uma diferença expressiva, que pode fazer a balança pender para o lado japonês da disputa.
Consumo – É a “cereja do bolo” dos híbridos. Segundo o InMetro, em uso urbano, a média foi de 18,9 km/l de gasolina. Na estrada, média de 17 km/l. Obteve um triplo A – na categoria, no geral e nas emissões. Com seu tanque de 43 litros, o modelo chega a atingir espantosos 812,7 km de autonomia em trânsito urbano. Admirável. Nota 10. Conforto – A suspensão do novo Prius evoluiu de forma expressiva e passa bastante conforto para o interior. A ergonomia dos bancos é boa e ajuda. O espaço interno continua dentro dos padrões desejáveis em um hatch médio. Quatro adultos e uma criança viajam com conforto. Três adultos no banco traseiro não ficam tão confortáveis. Nota 8. Tecnologia – Nesse aspecto, o novo Prius esbanja. O motor gasolina de 1.8 litro e o propulsor elétrico movido pelas baterias de níquel fazem uma parceria bem harmoniosa, explicitada através de vistosos paineis luminosos. É possível até acompanhar a energia das frenagens sendo convertida em eletricidade e encaminhada à bateria, Em termos de segurança, lá estão sete airbags, controle de estabilidade, de tração e ABS, além de freios a disco nas 4 rodas com EBD. Os equipamentos de conforto também são generosos e o sistema de infoentretenimento, além dos óbvios som, GPS e Bluetooth, inclui até TV Digital. É difícil lembrar algum equipamento automotivo relevante que não esteja a bordo. Quase um abuso. Nota 10.
Habitabilidade – O modelo japonês vem com uma generosa quantidade de porta-objetos. Os acessos são corretamente projetados e não é difícil entrar e sair do carro. O porta-malas, que já não era grande, perdeu um pouco de espaço - levava 445 litros, mas agora leva apenas 412 litros. Nota 8. Acabamento – O interior de aspecto futurista, que antes era todo em plásticos rígidos, ganhou requinte e agora incorpora até alguns revestimentos com “soft touch”. Os encaixes são bastante precisos e a percepção geral é de qualidade. Nota 8. Design – O modelo antigo até tinha personalidade com seu estilo aerodinâmico, mas já estava meio datado. O atual, como era de se esperar, é bem mais contemporâneo e incorpora modernidades que se tornaram padrão nos projetos mais recentes, como a iluminação por leds. Um interessante detalhe herdado da geração anterior é a iluminação azul nas logomarcas dianteira e traseira, que reforça o aspecto futurista. Na soma dos detalhes, o Prius de quarta geração é um automóvel atraente, que se destaca entre os outros. Nota 8.
Custo/benefício – O preço do Prius de quarta geração – R$ 119.950 –tornou o modelo bastante competitivo. Em janeiro de 2013, a terceira geração foi lançada no Brasil por R$ 120.830. Como todos os automóveis vendidos no país encareceram desde então, o valor relativo pedido pelo Prius ficou bem mais interessante. Agora, pode até roubar consumidores dos sedãs médios com motorizações convencionais, em versões “topo de linha” - todas em torno dos R$ 100 mil. Nas próprias concessionárias Toyota, o Corolla Altis, de R$ 110 mil, pode sentir o efeito do “fogo amigo”. Nota 8. Total – O Toyota Prius somou 85 pontos em 100 possíveis.
Por dentro, o Prius investe bastante no aspecto lúdico dos gráficos que explicitam o funcionamento do sistema híbrido. Bonitos e coloridos, eles induzem o motorista a dirigir de forma que reduza o consumo. A fartura de equipamentos a bordo atende à maioria das demandas e os comandos são quase sempre bastante intuitivos. É um veículo de agradável convivência e que efetivamente inspira uma “tocada” mais tranquila por parte do motorista. Por instigar um modo de direção menos estressante nesses tempos de tensão quase onipresente, não é difícil se afeiçoar a ele. Talvez por isso, seja um dos modelos de maior índice de fidelização da marca No conjunto, a impressão é que o Toyota Prius de quarta geração perdeu boa parte do aspecto “experimental” que ainda predominava até a geração anterior. Aos 18 anos, parece ter atingido a maturidade. Vai muito além de ser uma mera opção de veículo para ecologistas fanáticos e endinheirados. Com o preço de R$ 119.950, tornou-se um automóvel de verdade, que pode encarar de igual para igual – e muitas vezes com vantagens – as versões topo de linha dos sedãs médios mais vendidos no país. Nesses tempos de gasolina cada vez mais cara, talvez mais pessoas o incluam entre os modelos a serem considerados para uma próxima compra.
Transmissão: Câmbio automático CVT com uma marcha a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência combinada: 123 cv.
Potência do motor a gasolina: 98 cv a 5.200 rpm
Potência do motor elétrico: 72 cv.
Aceleração 0-100 km/h: 11,4 s.
Velocidade máxima: 180 km/h.
Torque máximo do motor a combustão: 14,2 kgfm de torque a 3.600 rpm.
Torque máximo do motor elétrico: 16,6 kgfm.
Diâmetro e curso: 80,5 mm x 88,3 mm.
Taxa de compressão: 13,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com triângulos superpostos do sistema multilink. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 195/65 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD
Carroceria: Fastback com quatro portas e cinco lugares. Com 4,54 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,49 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Oferece sete airbags: dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para o joelho do motorista. Airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista.
Peso: 1.840 kg.
Capacidade do porta-malas: 412 litros.
Tanque de combustível: 43 litros.
Produção: Nagoya, Japão.
Itens de série: Ar-condicionado dual zone automático, ganchos de reboque dianteiro e traseiro, sensor de chuva, relógio digital, banco do motorista com regulagem lombar elétrica, controle de velocidade de cruzeiro, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia com áudio JBL com rádio AM e FM, CD player, MP3, Bluetooth, GPS, TV, USB, AUX e tela de 7 polegadas sensível ao toque, banco do motorista com ajuste manual para distância, inclinação e altura, bancos revestidos com padrão couro e partes em material sintético, chave presencial, volante multifuncional, tomada de energia (12 V) na dianteira e traseira, carregador de celular sem fio, bancos dianteiros com sistema de aquecimento, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, computador de bordo, rodas de liga leve de 15 polegadas, câmara de ré, alarme, luz de neblina traseira em leds, controle de estabilidade e tração, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista, faróis de neblina em leds, luzes diurnas em leds, faróis de leds.
Preço: R$ 119.950.
Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias
Ousadia viável - Nova geração do Toyota Prius pretende popularizar tecnologia híbrida no Brasil
Lançada no Japão, Estados Unidos e Europa no final do ano passado, a quarta geração do Prius representa uma renovação total em relação ao modelo anterior. O carro é o primeiro a utilizar a nova plataforma global, denominada TNGA – Toyota New Global Architecture ou nova arquitetura global da Toyota. O estilo continua como um hatchback radicalmente aerodinâmico, com um perfil próximo ao de um cupê. O carro foi ligeiramente redimensionado: está 6 centímetros mais comprido, 2 cm mais largo e 2 cm mais baixo – apenas o entreeixos se manteve em 2,70 m. O design também evoluiu em relação ao anterior – uma evolução expressa matematicamente pela redução do coeficiente de penetração aerodinâmica, que caiu de 0,25 cx para 0,24 cx. Na frente, o capô está mais baixo e musculoso e os conjuntos óticos, em formato de T, incorporaram leds e estão mais agressivos. No perfil, o acabamento em preto fosco na coluna traseira dá a impressão de que o teto é flutuante. Na traseira, destaque para as lanternas com leds em forma de bumerangue, bem mais afiladas e elegantes que as antigas trapezoidais, e a antena estilo “barbatana de tubarão”. A “bossa” da luz azul sob as logomarcas dianteira e traseira da Toyota, presente na geração anterior, foi preservada.
O interior radicalizou o aspecto futurista apenas insinuado no Prius anterior e está mais incrementado e estiloso. O grande “nicho” que ficava sob o console, atrás da manopla de câmbio, não existe mais. A manopla agora está fixada pouco abaixo dos comandos de ar-condicionado e da grande tela de 7 polegadas da central multimídia. Fica posicionada horizontalmente no tablier e não verticalmente no console central – onde fica na maioria dos carros. Como na geração anterior, não há mostradores atrás do volante. Eles estão no alto do console central, na altura do vidro – algumas informações mais importantes, como a velocidade, são projetadas no parabrisas à frente do motorista, graças ao “head-up dsplay”. Os revestimentos cinza claros deram lugar a um interior predominantemente preto, com detalhes cromados.
Em termos da tecnologia híbrida em si, a quarta geração do Prius também apresenta evolução expressiva. Agora, o motor 1.8 litro VVT-1 16V DOHC a gasolina de 98 cv e 14,2 kgfm, que atua em parceria com um motor elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm, é gerenciado pelo novo sistema Hybrid Sinergy Drive. A Toyota fala em uma economia de até 20% no consumo de combustível na cidade, em relação ao Prius anterior. Segundo o InMetro, o modelo agora faz 18,9 quilômetros por litro de gasolina em circuito urbano e 17 km/l em rodovias – uma singularidade dos híbridos é consumir menos no circuito urbano, quando o motor elétrico atua mais em baixas velocidades. Segundo a Toyota, dependendo do motorista, é possível alcançar médias superiores a 33 km/l, em percurso urbano. O seletor de modo de condução permite escolher entre Normal, Eco (mais economia), Power (mais performance) e EV (exclusivamente elétrico).
Pelo que oferece e pelo valor que se pede por ele, é possível que o novo Prius obtenha o aumento de vendas que a Toyota espera. É o híbrido mais barato do país – com seu preço de R$ 119.950, custa quase R$ 30 mil a menos que o híbrido mais vendido atualmente no Brasil, que é o Ford Fusion, de R$ 149 mil. Uma diferença expressiva, que pode fazer a balança pender para o lado japonês da disputa.
Ponto a ponto
Desempenho – Performance esportiva não é algo que se espera de um automóvel híbrido urbano, normalmente mais focados em redução de emissões e consumo. Mas o novo Prius perverte um pouco essa lógica e, literalmente, deixa para trás o modelo anterior. Agora, o sedã híbrido médio oferece um comportamento dinâmico bem mais interessante. Por conta disso, tornou-se bem mais divertido de dirigir que o anterior, apesar da opção pela racionalidade inerente aos carros com câmbio CVT, que é progressivo e não favorece arrancadas mais vigorosas. Nota 8. Estabilidade – Mais largo e mais baixo, o novo Prius entrega um comportamento bem mais consistente nas curvas que a terceira geração. A suspensão está mais bem calibrada e tornou o carro até divertido de acelerar em trechos sinuosos, sem dar sinais de perder o equilíbrio. Nas retas e frenagens, não foi possível perceber sinais de instabilidade. Nota 9. Interatividade – Os comandos estão onde deveriam estar e é fácil se adaptar ao novo Prius. O painel central ostenta de forma bastante lúdica e didática o desempenho da tecnologia híbrida através de um gráfico que revela qual motor está movendo o carro e os fluxos de energia entre os sistemas. E o “head-up display” projeta informações mais relevantes na parte superior do painel, para que o motorista tome conhecimento delas sem tirar os olhos da pista. A direção elétrica ajuda nas manobras de estacionamento. O acionamento do freio de estacionamento é por um pedal à esquerda do freio, um posicionamento mais comum em picapes. Nota 8.Consumo – É a “cereja do bolo” dos híbridos. Segundo o InMetro, em uso urbano, a média foi de 18,9 km/l de gasolina. Na estrada, média de 17 km/l. Obteve um triplo A – na categoria, no geral e nas emissões. Com seu tanque de 43 litros, o modelo chega a atingir espantosos 812,7 km de autonomia em trânsito urbano. Admirável. Nota 10. Conforto – A suspensão do novo Prius evoluiu de forma expressiva e passa bastante conforto para o interior. A ergonomia dos bancos é boa e ajuda. O espaço interno continua dentro dos padrões desejáveis em um hatch médio. Quatro adultos e uma criança viajam com conforto. Três adultos no banco traseiro não ficam tão confortáveis. Nota 8. Tecnologia – Nesse aspecto, o novo Prius esbanja. O motor gasolina de 1.8 litro e o propulsor elétrico movido pelas baterias de níquel fazem uma parceria bem harmoniosa, explicitada através de vistosos paineis luminosos. É possível até acompanhar a energia das frenagens sendo convertida em eletricidade e encaminhada à bateria, Em termos de segurança, lá estão sete airbags, controle de estabilidade, de tração e ABS, além de freios a disco nas 4 rodas com EBD. Os equipamentos de conforto também são generosos e o sistema de infoentretenimento, além dos óbvios som, GPS e Bluetooth, inclui até TV Digital. É difícil lembrar algum equipamento automotivo relevante que não esteja a bordo. Quase um abuso. Nota 10.
Habitabilidade – O modelo japonês vem com uma generosa quantidade de porta-objetos. Os acessos são corretamente projetados e não é difícil entrar e sair do carro. O porta-malas, que já não era grande, perdeu um pouco de espaço - levava 445 litros, mas agora leva apenas 412 litros. Nota 8. Acabamento – O interior de aspecto futurista, que antes era todo em plásticos rígidos, ganhou requinte e agora incorpora até alguns revestimentos com “soft touch”. Os encaixes são bastante precisos e a percepção geral é de qualidade. Nota 8. Design – O modelo antigo até tinha personalidade com seu estilo aerodinâmico, mas já estava meio datado. O atual, como era de se esperar, é bem mais contemporâneo e incorpora modernidades que se tornaram padrão nos projetos mais recentes, como a iluminação por leds. Um interessante detalhe herdado da geração anterior é a iluminação azul nas logomarcas dianteira e traseira, que reforça o aspecto futurista. Na soma dos detalhes, o Prius de quarta geração é um automóvel atraente, que se destaca entre os outros. Nota 8.
Custo/benefício – O preço do Prius de quarta geração – R$ 119.950 –tornou o modelo bastante competitivo. Em janeiro de 2013, a terceira geração foi lançada no Brasil por R$ 120.830. Como todos os automóveis vendidos no país encareceram desde então, o valor relativo pedido pelo Prius ficou bem mais interessante. Agora, pode até roubar consumidores dos sedãs médios com motorizações convencionais, em versões “topo de linha” - todas em torno dos R$ 100 mil. Nas próprias concessionárias Toyota, o Corolla Altis, de R$ 110 mil, pode sentir o efeito do “fogo amigo”. Nota 8. Total – O Toyota Prius somou 85 pontos em 100 possíveis.
Primeiras impressões
Brasília/DF – Em movimento, o novo Prius surpreende positivamente em relação ao modelo anterior. Em baixas velocidades, a ausência de som no modo elétrico chega a ser assustadora. Mas, nas largas avenidas que atravessam o Distrito Federal, o híbrido da Toyota mostrou que acelera com muito mais disposição que o anterior. Além da evolução do trem de força, agora a condução transmite maior percepção de segurança nas curvas em alta, graças ao baixo centro de gravidade e à maior rigidez torcional trazida pela nova arquitetura utilizada no híbrido. O Prius não passa vergonha em vias expressas, onde oferece retomadas vigorosas e ultrapassagens seguras, sempre que solicitado. Como qualquer CVT, eventualmente a transmissão é um pouco rumorosa, mas nada que chegue a incomodar. Apesar das complexas tecnologias envolvidas, o funcionamento do Prius é relativamente simples. Ao sair da inércia e nas baixas velocidades, usa apenas o motor elétrico. Nas velocidades constantes, a central eletrônica se encarrega de dosar a utilização do propulsor a explosão e o elétrico. Nas acelerações, o motor a gasolina auxilia o motor elétrico. Nas frenagens, a energia cinética gerada recarrega as baterias. E, quando o carro para, o “start-stop” desliga ambos os motores, zerando o consumo. Mais racional, impossível.Por dentro, o Prius investe bastante no aspecto lúdico dos gráficos que explicitam o funcionamento do sistema híbrido. Bonitos e coloridos, eles induzem o motorista a dirigir de forma que reduza o consumo. A fartura de equipamentos a bordo atende à maioria das demandas e os comandos são quase sempre bastante intuitivos. É um veículo de agradável convivência e que efetivamente inspira uma “tocada” mais tranquila por parte do motorista. Por instigar um modo de direção menos estressante nesses tempos de tensão quase onipresente, não é difícil se afeiçoar a ele. Talvez por isso, seja um dos modelos de maior índice de fidelização da marca No conjunto, a impressão é que o Toyota Prius de quarta geração perdeu boa parte do aspecto “experimental” que ainda predominava até a geração anterior. Aos 18 anos, parece ter atingido a maturidade. Vai muito além de ser uma mera opção de veículo para ecologistas fanáticos e endinheirados. Com o preço de R$ 119.950, tornou-se um automóvel de verdade, que pode encarar de igual para igual – e muitas vezes com vantagens – as versões topo de linha dos sedãs médios mais vendidos no país. Nesses tempos de gasolina cada vez mais cara, talvez mais pessoas o incluam entre os modelos a serem considerados para uma próxima compra.
Ficha técnica
Toyota Prius
Motores: A gasolina, dianteiro, transversal, 1.798 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro. Injeção eletrônica de combustível e acelerador eletrônico. Elétrico, síncrono, tranversal, alimentado por bateria de íons de lítio.Transmissão: Câmbio automático CVT com uma marcha a ré. Tração dianteira. Oferece controle eletrônico de tração.
Potência combinada: 123 cv.
Potência do motor a gasolina: 98 cv a 5.200 rpm
Potência do motor elétrico: 72 cv.
Aceleração 0-100 km/h: 11,4 s.
Velocidade máxima: 180 km/h.
Torque máximo do motor a combustão: 14,2 kgfm de torque a 3.600 rpm.
Torque máximo do motor elétrico: 16,6 kgfm.
Diâmetro e curso: 80,5 mm x 88,3 mm.
Taxa de compressão: 13,0:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com triângulos superpostos do sistema multilink. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 195/65 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás. Oferece ABS com EBD
Carroceria: Fastback com quatro portas e cinco lugares. Com 4,54 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,49 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Oferece sete airbags: dois frontais, dois laterais dianteiros, dois do tipo cortina e um para o joelho do motorista. Airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista.
Peso: 1.840 kg.
Capacidade do porta-malas: 412 litros.
Tanque de combustível: 43 litros.
Produção: Nagoya, Japão.
Itens de série: Ar-condicionado dual zone automático, ganchos de reboque dianteiro e traseiro, sensor de chuva, relógio digital, banco do motorista com regulagem lombar elétrica, controle de velocidade de cruzeiro, vidros, travas e retrovisores elétricos, central multimídia com áudio JBL com rádio AM e FM, CD player, MP3, Bluetooth, GPS, TV, USB, AUX e tela de 7 polegadas sensível ao toque, banco do motorista com ajuste manual para distância, inclinação e altura, bancos revestidos com padrão couro e partes em material sintético, chave presencial, volante multifuncional, tomada de energia (12 V) na dianteira e traseira, carregador de celular sem fio, bancos dianteiros com sistema de aquecimento, coluna de direção ajustável em altura e profundidade, computador de bordo, rodas de liga leve de 15 polegadas, câmara de ré, alarme, luz de neblina traseira em leds, controle de estabilidade e tração, airbags frontais, laterais, de cortina e de joelhos para motorista, faróis de neblina em leds, luzes diurnas em leds, faróis de leds.
Preço: R$ 119.950.
Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias
Ousadia viável - Nova geração do Toyota Prius pretende popularizar tecnologia híbrida no Brasil
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 09 Jun 2016 07:13:00
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