Leitores questionam propaganda na internet de um equipamento que faz o automóvel andar com água ou que a utiliza para reduzir o consumo de gasolina ou álcool. Verdade ou mentira? Mais para mentira que para verdade. A água não é combustível nem faz o motor funcionar. Entretanto, ela contem o H2 (hidrogênio) que é, de fato, um combustível. E por isso, estes equipamentos “mágicos” anunciados por aí são chamados de “gerador de hidrogênio”. E o que fazem é retirar o H2 da água (H20). Entretanto, esta reação química exige uma razoável carga de energia elétrica. Então, quando se adapta este dispositivo no carro, ele deve ser ligado à bateria para a produção de H2 que é injetado no motor, junto com a gasolina ou etanol. E qual não é a surpresa do motorista que, ao fazer as contas do consumo, concluir que ele realmente diminui! Então, o tal “gerador de hidrogênio” funciona de verdade? Não, de mentira! Para que exista a reação química necessária, ele exige uma razoável corrente elétrica, que vem da bateria. Enquanto ela estiver carregada, o consumo se reduz. Entretanto, o alternador não tem capacidade de recarregá-la e ela pifa. Ou seja, o consumo de combustível se reduz de fato, mas apenas nos primeiros quilômetros rodados com o carro. Pois o “gerador de hidrogênio” exige uma grande carga de energia elétrica da bateria e as contas não fecham: a eletricidade necessária para se retirar o H2 da água é superior ao que se ganha ao injetá-lo no motor. Mas, as empresas que anunciam o tal “gerador de hidrogênio” argumentam em sua propaganda que existem até vários ônibus no mundo rodando com H2, inclusive em São Paulo. E exibem parte de uma matéria de televisão com estes veículos. Propaganda enganosa: estes ônibus não possuem motores a combustão, mas rodam tracionados por motores elétricos alimentados por uma célula a combustível. Que gera energia elétrica a partir do hidrogênio contido em seus tanques. Não usam, como estas empresas “sugerem”, os tais geradores de hidrogênio...
Fonte: R7
Publicado em: 2016-06-17T16:54:00-03:00
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