13 de jul. de 2016

Impressões do Mercedes-Benz Vito Tourer Luxo

Impressões do Mercedes-Benz Vito Tourer Luxo

Ao anunciar o lançamento do furgão médio Vito, no final de 2015, a Mercedes-Benz buscava expandir sua participação no mercado de veículos comerciais, além de estrear no segmento de furgões e vans leves. Muito mais do que uma aposta em um ramo inédito, o Vito funciona como uma espécie de elo entre as três vertentes da marca alemã no mundo automotivo: os automóveis de luxo, os caminhões e os ônibus. E sua versão “top”, a Tourer 119 Luxo, é a que melhor expressa essa conexão.

Em versões para carga ou passageiros, o Vito introduziu no segmento alguns sistemas comuns nos automóveis fabricados pelas Mercedes, mas inusitados entre as vans. Há sistemas de monitoramento de cansaço – Attention Assist –, de assistência de partida em rampa – Hill Start Assist – e de assistência em caso de ventos laterais – Crosswind Assist. Além deles, o Vito traz o programa eletrônico de estabilidade ESP – que inclui, juntamente com o ABS, sistema de controle de tração, servofreio de emergência e sistema de distribuição eletrônica da força de frenagem. A direção eletricamente assistida de série também é inédita no segmento no Brasil, facilitando a vida do motorista durante manobras.

Vendido exclusivamente em concessionárias de veículos comerciais da Mercedes-Benz, o Vito possui capacidade de carga menor que a da Sprinter. As medidas externas são um diferencial e facilitam o acesso a locais com restrição de altura, largura ou comprimento, como estacionamentos de shopping centers, hotéis, prédios ou hospitais. As medidas enxutas do Vito –  5,14 m de comprimento, 2,25 m de largura (incluindo retrovisores), 3,20 m de distância entre-eixos e 1,91 m de altura – são semelhantes às encontradas em picapes médias de cabine dupla vendidas por aqui. Sua versatilidade também é explicita na hora de ser guiada. Por ter PBT menor que 3.500 kg, o Vito pode ser dirigido por motoristas habilitados na categoria B, diferentemente de vans maiores, caso da Sprinter.

Na versão avaliada, a topo de linha Tourer 119 Luxo 7+1, o motor é um 2.0 turbo flex de 184 cv e torque de 30,6 kgfm acoplado a um câmbio manual de seis marchas, de série em todas as versões. Os bancos são revestidos em courino e contam com inclinação individual. Além disso, incorpora volante multifuncional, painel de instrumentos mais completo, farol de neblina, rodas de liga leve e para-choque na cor do veículo, assentos com encosto reclináveis para passageiros, banco para motorista e acompanhante com regulagem de altura, profundidade e inclinação do encosto. Em termos de segurança, a célula de sobrevivência do Vito é fabricada com ligas de aço de grande resistência. Além disso, suas amplas zonas de deformação controlada, na dianteira e traseira, são projetadas para absorver parte das forças de impacto, protegendo os passageiros. 

Impressões ao dirigir

A tarefa de achar a melhor posição para guiar o Vito Tourer 119 Luxo é surpreendentemente simples. Há regulagem de altura do banco, assim como altura e profundidade da coluna de direção, adequando-se a qualquer posição desejada. O estilo de direção é um pouco mais elevado que nos carros de passeio, mas nada que comprometa a dirigibilidade. A visibilidade é excelente, graças a enorme área envidraçada da van. A manobrabilidade do Vito se aproxima dos carros de passeio e é facilitada pela direção elétrica de série, que varia de acordo com a velocidade. Quanto maior a velocidade, menos assistência. Já durante manobras em baixa velocidade, a atuação do assistente aumenta, facilitando o movimento do volante. A condução é bem intuitiva e, apesar do tamanho da Vito, necessita-se de pouco tempo ao volante para se acostumar com o veículo.

Os 184 cv e 30,6 kgfm de torque do 2.0 turbo dão conta de colocar os 1.825 kg da van em movimento. Com a cabine vazia, a van acelera com disposição de carro de passeio. Quando guiada de forma econômica, a Vito alcançou médias de até 12 km/l, queimando gasolina. O câmbio é manual de seis marchas em todas as versões e possui um bom escalonamento para o trânsito urbano. A sexta marcha funciona como um overdrive, diminuindo as rotações do motor e melhorando o consumo da van. Os engates poderiam ser mais precisos, mas não chegam a atrapalhar a interatividade do motorista com o motor.

Apesar da farta disponibilidade de equipamentos tecnológicos, a Vito peca em alguns detalhes que, aparentemente, seriam fáceis de resolver. Nem mesmo a versão Luxo possui um assistente de estacionamento, seja ele um sensor de proximidade ou uma câmara de ré – auxílios profundamente relevantes em um veículo destas proporções. A falta de um GPS também é chamativa, ainda mais se tratando da versão topo de linha. Se não ajuda a estacionar ou a localizar, pelo menos o sistema de entretenimento do Vito Tourer 119 Luxo reproduz com eficiência as mídias através do bluetooth – e a qualidade do som, por sinal, é muito boa. A conectividade para ligações telefônicas também funciona bem.
No quesito espaço interno, a Vito esbanja. Todos os passageiros viajam com conforto, em bancos revestidos em courino, podendo até reclinar os assentos individualmente. Há ainda a possibilidade de remover todos os bancos, flexibilizando a utilização do espaço e aumentando a área para carregar bagagens, se necessário. Na parte da frente, ao mesmo tempo que existe a sensação de bastante espaço pelo vão entre os dois bancos individuais dianteiros, possibilitando até o acesso direto ao espaço traseiro, há também uma certa sensação de vazio. A impressão é de que um console central se encaixaria bem ali.
Autor: Fabio Perrota Junior (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias

Completa tradução - Na versão Tourer Luxo, Vito sintetiza predicados dos automóveis, dos caminhões e dos ônibus da Mercedes-Benz

Fonte: Salão do Carro
Categoria: Mercado
Publicado em: 13 Jul 2016 13:44:00

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