O aquecimento do mercado de SUVs compactos no Brasil fez com que algumas marcas passassem a apostar com mais força no segmento. Até aquelas que não têm representantes típicos na categoria. A Citroën, por exemplo, enxergou potencial no crossover Aircross. Tanto que, no final do ano passado, promoveu um facelift no modelo – que antes era chamado de C3 Aircross – e inseriu novidades que, na estratégia da marca francesa, seriam capazes de fazê-lo responder pelas vendas também do extinto C3 Picasso. A julgar pelo número de emplacamentos do modelo no primeiro semestre de 2016, deu certo. Em meio à queda geral de 25,1% do mercado automotivo no Brasil, as vendas do Aircross sofreram uma retração de apenas 0,7%. Um verdadeiro feito diante dos números do setor, com média de 565 exemplares emplacados entre janeiro e junho deste ano. Cerca de 40% dessas unidades são na versão Live, metade delas na configuração com motor 1.5 e câmbio manual, como a unidade avaliada. Veja também:

Na traseira, o para-choque também mudou. Na versão Live, não há estepe pendurado na tampa do porta-malas – o pneu extra fica dentro do carro, sob o assoalho do compartimento de bagagem. As lanternas traseiras ganharam novo acabamento em máscara negra, enquanto o perfil ostenta barras longitudinais no teto, rodas de liga leve de 16 polegadas e protuberantes caixas de roda em plástico preto. O motor do Aircross Live manual é 1.5 litro, capaz de render 93 cv com etanol no tanque e 89 cv quando abastecido com gasolina. O torque máximo, de 14,2 kgfm com etanol e 13,5 kgfm com gasolina, aparece em 3 mil giros. O câmbio tem cinco marchas. Esta, na verdade, é a versão mais equipada com essa motorização na minivan. Acima dela, todas recebem propulsor 1.6 de 122 cv, que também pode vir acompanhado de transmissão automática de quatro velocidades.

A lista de itens de série é extensa para uma versão intermediária – abaixo dela, só a Start. A direção é elétrica e há ar-condicionado, rodas de liga leve de 16 polegadas, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico, computador de bordo e rádio com bluetooth. Por R$ 1.400 além dos R$ 56.690 pedidos pelo Aircross Live 1.5, é possível inserir central multimídia com tela sensível ao toque e que espelha celulares.

Interatividade – Todos os comandos ficam localizados em pontos de fácil acesso e têm leitura clara. A visibilidade traseira não é das melhores e faz falta, nas manobras de estacionamento, uma câmara de ré ou mesmo sensores de obstáculos. A direção elétrica, porém, é extremamente leve. A central multimídia opcional vem com tela de sete polegadas sensível ao toque e espelha celulares. Nota 7. Consumo – Segundo o InMetro, o Aircross com motor 1.5 e transmissão manual faz 7,5/8,2 km/l na cidade/estrada com etanol e 10/12 km/l com gasolina, com consumo energético de 1,98 MJ/km. O Programa Brasileiro de Etiquetagem classificou o modelo com a nota “A” em sua categoria e “C” no geral. Nota 7.

Conforto – O Aircross Live 1.5 tem bancos com densidade boa e espaços para pernas e cabeças suficientes para acomodar até três ocupantes de estatura normal atrás. O isolamento acústico é digno de elogios e a suspensão consegue filtrar as imperfeições do asfalto brasileiro com certa eficiência. Nota 8. Tecnologia – A lista de itens de série é básica, mas satisfatória. Há rádio com Bluetooth de série, luzes diurnas de leds, trio elétrico, ar-condicionado e direção elétrica. Central multimídia é o único opcional disponível. A atual geração é de 2009 e o motor, antigo, vem sendo substituído no Brasil pelo novo 1.2 de três cilindros nos modelos menores da própria Citroën e também da Peugeot. Nota 6.

Habitabilidade – A sensação de amplitude é favorecida pela farta área envidraçada frontal e o Aircross é beneficiado não só pelo bom ângulo de abertura das portas, mas também pela altura elevada. O porta-malas carrega bons 403 litros. Na prática, o Aircross Live tem várias características que o aproximam de um SUV compacto. Nota 9. Acabamento – Poucas marcas generalistas chegam próximo ao cuidado que a Citroën tem nessa parte. O acabamento francês é sóbrio e bem acima do padrão da concorrência direta. Não há luxos, mas a qualidade é boa, os encaixes são justos e a escolha dos tons é elegante. Nota 8.
Design – O facelift promovido no fim do ano passado resultou em um visual bem moderno. A ideia de separar o conjunto ótico dianteiro em três níveis trouxe charme e elegância ao Aircross e o deixou similar ao crossover Cactus, lançado em 2014 na Europa. Além disso, ele conta com visual aventureiro com uma relação custo/benefício mais interessante que outros modelos nessa condição e com esse espaço interno. Nota 8. Custo/benefício – O Aircross Live 1.5 é vendido a partir de R$ 56.690, chegando a R$ 58.090 com a central multimídia opcional. O modelo é um aventureiro com cabine ampla, porta-malas espaçoso e preço bem abaixo dos concorrentes com essas configurações, que ultrapassam os R$ 65 mil. O Aircross é uma das melhores opções entre minivans e crossovers para quem busca um modelo com amplo espaço interno e não faz tanta questão de um propulsor mais potente – algo que nem sempre se traduz em desempenho inferior. Nota 7. Total – O Citroën Aircross Live 1.5 somou 76 pontos em 100 possíveis.
Em movimento, o motor 1.5 flex de 93 cv de potência e 14,27 kgfm proporciona um desempenho vigoroso diante de sua ficha técnica um tanto comedida. O torque máximo surge em 3 mil giros, mas bem antes disso boa parte dele já aparece. O resultado é que o crossover está sempre disposto para retomadas e ultrapassagens em viagens na estrada ou arrancadas mais enérgicas no tráfego urbano. A suspensão se comporta de maneira exemplar. Mesmo com sua altura elevada, o Aircross não aderna excessivamente nas curvas. A direção é muito leve nas manobras de estacionamento, mas ganha firmeza exemplar conforme o velocímetro sobe. Não há qualquer necessidade de correções no volante. As rolagens de carroceria até aparecem, mas tão tímidas que é preciso estar bem atento para notá-las. E o Aircross ainda se posiciona entre as melhores opções para quem busca um carro familiar que seja espaçoso por dentro, mas sem ocupar tanto espaço na garagem.
Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré, tração dianteira.
Potência máxima: 93 cv a 5.500 rpm com etanol e 89 cv a 5.500 rpm com gasolina.
Torque máximo: 14,2 kgfm com etanol e 13,5 kgfm com gasolina a 3 mil rpm.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.
Pneus: 195/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente, tambores atrás e ABS com EBD de série.
Carroceria: Minivan em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,09 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,69 m de altura e 2,54 m de distância entre-eixos. Airbags frontais de série.
Peso: 1.229 kg.
Capacidade do porta-malas: 403 litros (1.500 litros com os bancos traseiros rebatidos).
Tanque de combustível: 55 litros.
Produção: Porto Real, Rio de Janeiro.
Itens de série: Airbag duplo, ABS com EBD, travamento central das portas, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, ar-condicionado, barras de teto longitudinais, luzes diurnas de leds, rodas de liga-leve e rádio AM/FM/Bluetooth/Entrada Auxiliar.
Preço: R$ 56.690.
Opcional: Central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas. Preço: R$ 1.400.
Preço completo: R$ 58.090.
Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias
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Na traseira, o para-choque também mudou. Na versão Live, não há estepe pendurado na tampa do porta-malas – o pneu extra fica dentro do carro, sob o assoalho do compartimento de bagagem. As lanternas traseiras ganharam novo acabamento em máscara negra, enquanto o perfil ostenta barras longitudinais no teto, rodas de liga leve de 16 polegadas e protuberantes caixas de roda em plástico preto. O motor do Aircross Live manual é 1.5 litro, capaz de render 93 cv com etanol no tanque e 89 cv quando abastecido com gasolina. O torque máximo, de 14,2 kgfm com etanol e 13,5 kgfm com gasolina, aparece em 3 mil giros. O câmbio tem cinco marchas. Esta, na verdade, é a versão mais equipada com essa motorização na minivan. Acima dela, todas recebem propulsor 1.6 de 122 cv, que também pode vir acompanhado de transmissão automática de quatro velocidades.

A lista de itens de série é extensa para uma versão intermediária – abaixo dela, só a Start. A direção é elétrica e há ar-condicionado, rodas de liga leve de 16 polegadas, volante com regulagem de altura e profundidade, trio elétrico, computador de bordo e rádio com bluetooth. Por R$ 1.400 além dos R$ 56.690 pedidos pelo Aircross Live 1.5, é possível inserir central multimídia com tela sensível ao toque e que espelha celulares.
Ponto a ponto
Desempenho – Como tem apenas 93 cv de potência, o motor 1.5 do Citroën Aircross Live com câmbio manual surpreende nesse quesito. O propulsor é valente, sobe rápido de giros. O torque máximo já está disponível em 3 mil giros. Isso faz com que o carro se mostre disposto em praticamente todas as situações e a sensação de falta de força não apareça. O câmbio também merece elogios, com engates curtos e precisos. Nota 8. Estabilidade – O Aircross é um carro “altinho”, mas se mantém no controle mesmo em velocidades elevadas – honra as boas tradições da marca no desenvolvimento de sistemas suspensivos. Nem as curvas acentuadas parecem desequilibrar o modelo. A direção é elétrica, tem o peso certo e não exige correções. As rolagens de carroceria até aparecem, mas de forma sutil e nada intimidadoras. Nota 8.
Interatividade – Todos os comandos ficam localizados em pontos de fácil acesso e têm leitura clara. A visibilidade traseira não é das melhores e faz falta, nas manobras de estacionamento, uma câmara de ré ou mesmo sensores de obstáculos. A direção elétrica, porém, é extremamente leve. A central multimídia opcional vem com tela de sete polegadas sensível ao toque e espelha celulares. Nota 7. Consumo – Segundo o InMetro, o Aircross com motor 1.5 e transmissão manual faz 7,5/8,2 km/l na cidade/estrada com etanol e 10/12 km/l com gasolina, com consumo energético de 1,98 MJ/km. O Programa Brasileiro de Etiquetagem classificou o modelo com a nota “A” em sua categoria e “C” no geral. Nota 7.

Conforto – O Aircross Live 1.5 tem bancos com densidade boa e espaços para pernas e cabeças suficientes para acomodar até três ocupantes de estatura normal atrás. O isolamento acústico é digno de elogios e a suspensão consegue filtrar as imperfeições do asfalto brasileiro com certa eficiência. Nota 8. Tecnologia – A lista de itens de série é básica, mas satisfatória. Há rádio com Bluetooth de série, luzes diurnas de leds, trio elétrico, ar-condicionado e direção elétrica. Central multimídia é o único opcional disponível. A atual geração é de 2009 e o motor, antigo, vem sendo substituído no Brasil pelo novo 1.2 de três cilindros nos modelos menores da própria Citroën e também da Peugeot. Nota 6.

Habitabilidade – A sensação de amplitude é favorecida pela farta área envidraçada frontal e o Aircross é beneficiado não só pelo bom ângulo de abertura das portas, mas também pela altura elevada. O porta-malas carrega bons 403 litros. Na prática, o Aircross Live tem várias características que o aproximam de um SUV compacto. Nota 9. Acabamento – Poucas marcas generalistas chegam próximo ao cuidado que a Citroën tem nessa parte. O acabamento francês é sóbrio e bem acima do padrão da concorrência direta. Não há luxos, mas a qualidade é boa, os encaixes são justos e a escolha dos tons é elegante. Nota 8.

Impressões ao dirigir
O Citroën Aircross nas versões sem o tradicional estepe pendurado na tampa do porta-malas ganhou uma posição estratégica na marca francesa: substitui o finado C3 Picasso, descontinuado no ano passado. A retirada do pneu sobressalente dali não tirou do modelo sua capacidade aventureira, com a suspensão elevada que garante um comportamento eficiente em pequenos trechos de estrada de terra ou até mesmo diante dos desníveis típicos das ruas brasileiras. Uma particularidade da configuração Live é que se trata da versão mais em conta que ostenta todos os outros ícones da nova identidade visual do Aircross. Caso, por exemplo, das barras longitudinais no teto e das luzes diurnas em leds. Não há uma farta lista de itens de série, mas tem tudo que se espera de um modelo pronto para viagens longas ou uso urbano. A central multimídia não sai de fábrica, mas é capaz de espelhar celulares e tem funcionamento bem simples.

Ficha técnica
Citroën Aircross Live 1.5
Motor: flex, dianteiro, transversal, 1.449 cm³, quatro cilindros em linha, comando simples no cabeçote, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas na admissão. Injeção eletrônica multiponto sequencial e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré, tração dianteira.
Potência máxima: 93 cv a 5.500 rpm com etanol e 89 cv a 5.500 rpm com gasolina.
Torque máximo: 14,2 kgfm com etanol e 13,5 kgfm com gasolina a 3 mil rpm.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira com travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.
Pneus: 195/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente, tambores atrás e ABS com EBD de série.
Carroceria: Minivan em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,09 metros de comprimento, 1,76 m de largura, 1,69 m de altura e 2,54 m de distância entre-eixos. Airbags frontais de série.
Peso: 1.229 kg.
Capacidade do porta-malas: 403 litros (1.500 litros com os bancos traseiros rebatidos).
Tanque de combustível: 55 litros.
Produção: Porto Real, Rio de Janeiro.
Itens de série: Airbag duplo, ABS com EBD, travamento central das portas, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, direção elétrica, trio elétrico, ar-condicionado, barras de teto longitudinais, luzes diurnas de leds, rodas de liga-leve e rádio AM/FM/Bluetooth/Entrada Auxiliar.
Preço: R$ 56.690.
Opcional: Central multimídia com tela touchscreen de 7 polegadas. Preço: R$ 1.400.
Preço completo: R$ 58.090.

Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias
Dois em um - Citroën Aircross Live 1.5 alia vantagens de SUV compacto e minivan e afasta queda nas vendas
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 06 Jul 2016 12:10:00
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