Pode até não parecer, mas o Audi A3 sedã mudou. Desde setembro, ele está sendo produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, e neste processo de nacionalização, não alterou a forma, mas reforçou o conteúdo. Afinal, o carro tem uma função fundamental na retomada da marca como fabricante nacional – interrompida em 2006, com o fim da produção do A3 hatch. Até por um “vício de origem”, o A3 importado da Hungria se restringia ao papel de modelo de entrada e ficava alijado de recursos mais sofisticados, reservados a modelos superiores. Só que agora ele tem de reafirmar a condição de sedã de luxo. Por isso, os pacotes de opcionais ficaram mais completos. Contêm desde câmara de ré e partida por botão até controle de cruzeiro adaptativo, sistema de estacionamento autônomo, monitoramento da faixa de rolamento e comutador automático de farol alto.
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Outra mudança foi na suspensão traseira, que passa a ser por eixo de torção. A multilink, que equipava o A3 sedã importado, fica reservada para a versão Ambition, que deve chegar ainda este ano. A top de linha terá motor 2.0 TFSI de 220 cv trazido da Alemanha. Por enquanto, a Audi trabalha apenas com a versão de entrada Attraction e a intermediária Ambiente. As diferenças entre elas nem são muito grandes. De série, a Ambiente traz a mais apenas rodas de 17 polegadas em vez de 16, sensor de luz e chuva e volante multifuncional com shift paddles. Mas o que distancia as duas é o acesso aos pacotes opcionais. A Attraction tem apenas a pintura metálica na lista.
Seja como for, mesma a versão de entrada já vem bem completa, principalmente em relação à segurança. Além dos itens obrigatórios, como ar, trio e direção assistida, ela chega com sete airbags, faróis bi-xênon, controle de estabilidade, sistema multimídia com tela de 5,8 polegadas e sistema start-stop – perdeu em relação à Attraction antiga os sensores de luz e chuva. Em compensação, a Audi decidiu adotar um preço mais carismático e recuou o valor na tabela dos atuais R$ 101.190 para R$ 99.990. Este preço é semelhante ao de versões de topo de sedãs médios de marcas generalistas e pode ajudar a marca no objetivo de emplacar 20 mil unidades em 2.020 – atualmente está em torno de 15 mil carros/ano, sendo que o A3 sedã responde por 40% dessas vendas.
A versão Ambiente manteve rigorosamente o mesmo conteúdo do modelo importado da Hungria. Por isso ficou apenas uns “caraminguás” mais barata: o preço caiu de R$ 110.190 para R$ 109.990. O poder de atração dessa configuração é mesmo o acesso a recursos dignos de carro de luxo. Por R$ 13 mil, pode-se adicionar o MMI Plus, que inclui uma tela maior, de 7 polegadas, jukebox de 10 Gb, DVD player, sistema de navegação, com a interface de um pad touch no console central. Outros R$ 13 mil compram o teto solar e o acabamento em couro sintético. Mais R$ 10 mil e entram um controle de cruzeiro e a câmara de ré do pacote Assistance. Este kit pode dar lugar ao Assistance Plus, que custa R$ 18.500 e vem com controle de cruzeiro adaptativo, sistema de estacionamento automático com câmara de ré, controle de cruzeiro adaptativo, comutador automático de farol alto e partida por botão. Completo, o A3 sedã chega a A3 R$ 154.490 sem pintura metálica e passa a ser o carro de passeio nacional mais caro do país.
O test-drive consistiu em pegar um trecho urbano e um trecho rodoviário. Tanto a marginal percorrida a 70 km/h quanto a Bandeirantes dentro dos limites de velocidade só permitem uma viagem sem pressa ou emoção. Não há curvas, subidas ou quaisquer ocasiões para avaliar o novo câmbio automático, os 28 cv a mais do motor flex ou a suspensão traseira simplificada – mudanças destinadas a dar maior resistência ao modelo fora dos carpetes europeus. Uma espécie de tropicalização.
Na ida, o percurso de pouco mais de 20 km foi cumprido sem maiores transtornos. Mas pode-se comprovar, pelo menos, a alta qualidade do trabalho acústico, aprimorado pelos vidros laterais e traseiros isolantes. Na volta houve o verdadeiro teste: foram 90 minutos para percorrer 15 km. Tempo suficiente para constatar a ótima ergonomia dos bancos. Com um calor de 30º C do lado de fora, o ar-condicionado analógico se esforça para manter o ambiente minimamente agradável. Obviamente, na lógica de montagem do line up, não se pode colocar tudo nos modelos mais baratos. Alguns itens devem ser guardados para a futura versão de topo, a Ambition. Mas não há como não dar falta de itens já básicos para modelos de luxo, como ajustes elétricos de banco e ar automático.
Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 150 cv entre 4.500 e 5.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração 0 a 100 km/h: 8,8 segundos.
Velocidade máxima: 215 km/h
Torque máximo: 25,5 kgfm entre 1.500 e 4 mil rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 74,5 mm X 80,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores e barra estabilizadora, apoiada em subchassi em alumínio. Traseira por barra de torção. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,46 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,41 m de altura e 2,64 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho.
Peso: 1.240 kg.
Capacidade do porta-malas: 425 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: São José dos Pinhais, Paraná.
Preço: R$ 99.990.
Opcional: Pintura metálica/perolizada.
Preço completo: R$ 101.490.
Attraction: Adiciona sensor de luz, de chuva e de estacionamento traseiro, Audi Sound System, Audi Music Interface, Bluetooth e volante multifuncional em couro e shift-paddles.
Preço: R$ 109.990.
Opcionais: Pintura metálica/perolizada, rádio MMI Plus com sistema de navegação, bancos em couro sintético, controle de cruzeiro adaptativo, câmara de ré, sensor de estacionamento dianteiro, monitoramento da faixa de rolamento, sistema autônomo de estacionamento, comutador automático de farol alto, teto solar, chave presencial e ignição por botão.
Preço completo: R$ 155.890.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias e divulgação
Além das aparências - Audi mantém o visual, mas promove mudanças de conteúdo e mecânicas no A3 sedã feito no Brasil
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- Audi A3 será flex e nacional em 2015
Outra mudança foi na suspensão traseira, que passa a ser por eixo de torção. A multilink, que equipava o A3 sedã importado, fica reservada para a versão Ambition, que deve chegar ainda este ano. A top de linha terá motor 2.0 TFSI de 220 cv trazido da Alemanha. Por enquanto, a Audi trabalha apenas com a versão de entrada Attraction e a intermediária Ambiente. As diferenças entre elas nem são muito grandes. De série, a Ambiente traz a mais apenas rodas de 17 polegadas em vez de 16, sensor de luz e chuva e volante multifuncional com shift paddles. Mas o que distancia as duas é o acesso aos pacotes opcionais. A Attraction tem apenas a pintura metálica na lista.
Seja como for, mesma a versão de entrada já vem bem completa, principalmente em relação à segurança. Além dos itens obrigatórios, como ar, trio e direção assistida, ela chega com sete airbags, faróis bi-xênon, controle de estabilidade, sistema multimídia com tela de 5,8 polegadas e sistema start-stop – perdeu em relação à Attraction antiga os sensores de luz e chuva. Em compensação, a Audi decidiu adotar um preço mais carismático e recuou o valor na tabela dos atuais R$ 101.190 para R$ 99.990. Este preço é semelhante ao de versões de topo de sedãs médios de marcas generalistas e pode ajudar a marca no objetivo de emplacar 20 mil unidades em 2.020 – atualmente está em torno de 15 mil carros/ano, sendo que o A3 sedã responde por 40% dessas vendas.
A versão Ambiente manteve rigorosamente o mesmo conteúdo do modelo importado da Hungria. Por isso ficou apenas uns “caraminguás” mais barata: o preço caiu de R$ 110.190 para R$ 109.990. O poder de atração dessa configuração é mesmo o acesso a recursos dignos de carro de luxo. Por R$ 13 mil, pode-se adicionar o MMI Plus, que inclui uma tela maior, de 7 polegadas, jukebox de 10 Gb, DVD player, sistema de navegação, com a interface de um pad touch no console central. Outros R$ 13 mil compram o teto solar e o acabamento em couro sintético. Mais R$ 10 mil e entram um controle de cruzeiro e a câmara de ré do pacote Assistance. Este kit pode dar lugar ao Assistance Plus, que custa R$ 18.500 e vem com controle de cruzeiro adaptativo, sistema de estacionamento automático com câmara de ré, controle de cruzeiro adaptativo, comutador automático de farol alto e partida por botão. Completo, o A3 sedã chega a A3 R$ 154.490 sem pintura metálica e passa a ser o carro de passeio nacional mais caro do país.
Primeiras impressões
São Paulo/SP – Espera-se muito de um sedã que ostenta quatro argolas na grade. E em boa parte das vezes, o Audi A3 corresponde às expectativas. O acabamento é de muito bom gosto, com materais agradáveis ao tato e com um toque de refinamento. A versão destinada à apresentação, claro, estava inteira, com todos os opcionais. Teto solar elétrico, revestimento em couro – é sintético, mas só se sabe porque está na ficha –, detalhes em alumínio nas saídas de ar e encaixes perfeitos. Mas aí faltam alguns detalhes para que a classificação de carro de luxo fique plenamente justificada. A presença de ajustes mecânicos para o banco do motorista destoa. Assim como o sistema de pad touch no console em vez de uma simples e barata tela touch. Mais extravagante é a ausência de uma simples entrada USB. A Audi adota uma entrada MMI que obriga o proprietário a deixar uns trocados a mais na concessionária. Coisa de R$ 300 – em sites de vendas por internet, um cabo desses sai a R$ 50.O test-drive consistiu em pegar um trecho urbano e um trecho rodoviário. Tanto a marginal percorrida a 70 km/h quanto a Bandeirantes dentro dos limites de velocidade só permitem uma viagem sem pressa ou emoção. Não há curvas, subidas ou quaisquer ocasiões para avaliar o novo câmbio automático, os 28 cv a mais do motor flex ou a suspensão traseira simplificada – mudanças destinadas a dar maior resistência ao modelo fora dos carpetes europeus. Uma espécie de tropicalização.
Na ida, o percurso de pouco mais de 20 km foi cumprido sem maiores transtornos. Mas pode-se comprovar, pelo menos, a alta qualidade do trabalho acústico, aprimorado pelos vidros laterais e traseiros isolantes. Na volta houve o verdadeiro teste: foram 90 minutos para percorrer 15 km. Tempo suficiente para constatar a ótima ergonomia dos bancos. Com um calor de 30º C do lado de fora, o ar-condicionado analógico se esforça para manter o ambiente minimamente agradável. Obviamente, na lógica de montagem do line up, não se pode colocar tudo nos modelos mais baratos. Alguns itens devem ser guardados para a futura versão de topo, a Ambition. Mas não há como não dar falta de itens já básicos para modelos de luxo, como ajustes elétricos de banco e ar automático.
Ficha Técnica
Audi A3 sedã 1.4 TFSI
Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.395 cm³, quatro cilindros em linha e quatro válvulas por cilindro. Injeção direta de combustível, turbocompressor e comando variável de válvulas na admissão e no escape.Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Oferece controle de tração.
Potência máxima: 150 cv entre 4.500 e 5.500 rpm com gasolina e etanol.
Aceleração 0 a 100 km/h: 8,8 segundos.
Velocidade máxima: 215 km/h
Torque máximo: 25,5 kgfm entre 1.500 e 4 mil rpm com gasolina e etanol.
Diâmetro e curso: 74,5 mm X 80,0 mm. Taxa de compressão: 10,5:1
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores e barra estabilizadora, apoiada em subchassi em alumínio. Traseira por barra de torção. Oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 205/55 R16.
Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,46 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,41 m de altura e 2,64 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais, laterais, de cortina e de joelho.
Peso: 1.240 kg.
Capacidade do porta-malas: 425 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: São José dos Pinhais, Paraná.
Itens de série e Preços
Versão Attraction: Bancos dianteiros com ajuste de altura, faróis bi-xênon com ajuste de altura, lanternas traseiras em led, sistema start/stop, rodas de liga leve de 16 polegadas, ar-condicionado, alavanca de câmbio em couro, controle de estabilidade e rádio MMI.Preço: R$ 99.990.
Opcional: Pintura metálica/perolizada.
Preço completo: R$ 101.490.
Attraction: Adiciona sensor de luz, de chuva e de estacionamento traseiro, Audi Sound System, Audi Music Interface, Bluetooth e volante multifuncional em couro e shift-paddles.
Preço: R$ 109.990.
Opcionais: Pintura metálica/perolizada, rádio MMI Plus com sistema de navegação, bancos em couro sintético, controle de cruzeiro adaptativo, câmara de ré, sensor de estacionamento dianteiro, monitoramento da faixa de rolamento, sistema autônomo de estacionamento, comutador automático de farol alto, teto solar, chave presencial e ignição por botão.
Preço completo: R$ 155.890.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias e divulgação
Além das aparências - Audi mantém o visual, mas promove mudanças de conteúdo e mecânicas no A3 sedã feito no Brasil
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 11 Nov 2015 15:40:00
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