Há quem sofra mais que outros numa crise. Na atual retração da economia brasileira, dois grupos sentem menos o revés que esculacha a maior parte da população: os ricos – como sempre – e o pessoal do agronegócio. E é na interseção desses dois grupos que está na alça de mira da RAM, linha da Chrysler que ganhou vida própria. Ou seja: quer os ricos do agronegócio. O preço da picape RAM 2500 explicita bem como este grupo é seleto: R$ 249.900. Isso sem o frete. E esse é apenas o preço de partida, pois para personalizar o carro – a rigor, um caminhão que exige carteira C –, há um sem número de acessórios produzidos pela Mopar, braço de equipamentos do grupo da FCA, Fiat Chrysler Automobiles. E como acessório entram até itens considerados básicos, como protetor de caçamba, tapetes de borracha, para-barro e capota marítima.
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Mas onde a RAM exagera é na parte mecânica. Ela é sempre animada por um motor Cummins turbodiesel de 6.7 litros. Basicamente é o mesmo que equipava o modelo que foi importado até meados de 2014, mas com melhorias. A potência pulou de 310 para 330 cv, enquanto o torque deu um salto expressivo, de 84 para 104 kgfm. A tração é sempre traseira com acoplamento por comando eletrônico de 4X4 e reduzida. Com o ganho de torque, a capacidade de reboque subiu de 5.500 kg para 7.750 kg. Nesse incremento, colaboram também as rodas não tão grandes – aro 18 em pneus 275/70 –, e também a suspensão mais sofisticada. Na frente, é um sistema multilink de cinco braços reforçado por eixo de torção. Na traseira, sai o antigo feixe de molas semi-elípticas e entra também uma combinação de eixo de torção com três braços.
A RAM 2500 chega apenas na versão Laramie, que nos Estados Unidos é intrmediária na linha e custa, sem impostos, quase US$ 50 mil – algo como R$ 185 mil. Em geral, no Brasil os preços são o dobro dos praticados no mercado norte-americano, mas nesse caso a diferença é amenizada por conta de ser produzida no México. Seja como for, preço e tamanho colocam a RAM em um nicho sem nenhum rivais diretos. Os que chegam mais próximos são as picapes médias diesel topo de linha, que batem os R$ 200 mil e são bem menos portentosas. Esse subnicho das médias emplacaram, em média 3 mil por mês este ano. A FCA quer 3% disso, ou cerca de 1 mil vendas em um ano.
Só que o comportamento da RAM induz ao esquecimento do fato de que se trata de um veículo pesado. Além dos diversos controles eletrônicos, há a suavidade do motor, que tem reações extremamente progressivas e amenas. Além disso, o acabamento requintado e o isolamento acústico impecável dão um tom de luxo ao modelo. E mesmo em terreno mais acidentado, como em estrada de terra, a suspensão consegue filtrar bem os buracos e manter a boa dirigibilidade do modelo.
O espaço interno é outro item que impressiona. A cabine é alta e larga. Entre os bancos dianteiros, há um enorme console central com cerca de 50 cm de largura – com porta-objetos, porta-copos, conectores USB, etc. Atrás, o terceiro passageiro é prejudicado por causa do assento mais curto e pelo desnível no assoalho. O melhor mesmo é dar boa vida a apenas quatro ocupantes, que podem desfrutar de som de qualidade, de um espaço luxuoso, bem ao gosto exagera e generoso dos norte-americanos.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Divulgação
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Mas onde a RAM exagera é na parte mecânica. Ela é sempre animada por um motor Cummins turbodiesel de 6.7 litros. Basicamente é o mesmo que equipava o modelo que foi importado até meados de 2014, mas com melhorias. A potência pulou de 310 para 330 cv, enquanto o torque deu um salto expressivo, de 84 para 104 kgfm. A tração é sempre traseira com acoplamento por comando eletrônico de 4X4 e reduzida. Com o ganho de torque, a capacidade de reboque subiu de 5.500 kg para 7.750 kg. Nesse incremento, colaboram também as rodas não tão grandes – aro 18 em pneus 275/70 –, e também a suspensão mais sofisticada. Na frente, é um sistema multilink de cinco braços reforçado por eixo de torção. Na traseira, sai o antigo feixe de molas semi-elípticas e entra também uma combinação de eixo de torção com três braços.
A RAM 2500 chega apenas na versão Laramie, que nos Estados Unidos é intrmediária na linha e custa, sem impostos, quase US$ 50 mil – algo como R$ 185 mil. Em geral, no Brasil os preços são o dobro dos praticados no mercado norte-americano, mas nesse caso a diferença é amenizada por conta de ser produzida no México. Seja como for, preço e tamanho colocam a RAM em um nicho sem nenhum rivais diretos. Os que chegam mais próximos são as picapes médias diesel topo de linha, que batem os R$ 200 mil e são bem menos portentosas. Esse subnicho das médias emplacaram, em média 3 mil por mês este ano. A FCA quer 3% disso, ou cerca de 1 mil vendas em um ano.
Primeiras impressões
Tuiuti/São Paulo – Em geral, o estribo lateral em uma picape tem uma função mais estética que prática. No caso da RAM 2500, é um degrau necessário para se alcançar o habitáculo, pois a distância do chão para o piso é de cerca de meio metro. Tudo na RAM é hiperbólico. São 6,03 metros de comprimento, 2,01 altura de largura, sem contar os retrovisores, e 1,97 m de altura. O entre-eixos, de 3,80 m, é maior que a maioria dos hatches compactos do mercado – há muito estacionamento de shopping que não comporta estas dimensões. E o peso é superior ao de três deles juntos na balança: são 3.410 kg, com 1.030 de carga útil e PBT de 4.536 kg. Daí a classificação de caminhão, que exige carteira C e tem de andar no limite de velocidade de veículos pesados – máxima de 90 km/h em rodovias federais.Só que o comportamento da RAM induz ao esquecimento do fato de que se trata de um veículo pesado. Além dos diversos controles eletrônicos, há a suavidade do motor, que tem reações extremamente progressivas e amenas. Além disso, o acabamento requintado e o isolamento acústico impecável dão um tom de luxo ao modelo. E mesmo em terreno mais acidentado, como em estrada de terra, a suspensão consegue filtrar bem os buracos e manter a boa dirigibilidade do modelo.
O espaço interno é outro item que impressiona. A cabine é alta e larga. Entre os bancos dianteiros, há um enorme console central com cerca de 50 cm de largura – com porta-objetos, porta-copos, conectores USB, etc. Atrás, o terceiro passageiro é prejudicado por causa do assento mais curto e pelo desnível no assoalho. O melhor mesmo é dar boa vida a apenas quatro ocupantes, que podem desfrutar de som de qualidade, de um espaço luxuoso, bem ao gosto exagera e generoso dos norte-americanos.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Divulgação
Mania de grandeza - FCA relança a RAM 2500 no Brasil de olho no mercado de luxo
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Lançamentos
Publicado em: 25 Nov 2015 07:26:00
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