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Para os brasileiros, alguns dos modelos apresentados despertam interesse, pois em breve devem estar sendo oferecidos por aqui. Casos do Ford Mustang e do Jeep Renegade. Não são exatamente inéditos, mas devem desembarcar no Brasil ano que vem. O primeiro vindo dos Estados Unidos, o segundo como fruto do início da produção da Jeep em Pernambuco. Coisa parecida pode ocorrer com o Land Rover Discovery Sport, cotado para ser produzido em Itatiaia, no Sul do Rio de Janeiro. Inéditos também são Suzuki Vitara, Volvo XC90 e Mini hatch quatro portas, que já devem aparecer no Salão de São Paulo, no final deste mês.
Principais destaques de Paris
BMW Série 2 Cabrio – Mercado de luxo não tem crise e a BMW é uma prova disso. A marca bávara foi das que mais apresentou novidades no Salão de Paris. Caso do Série 2 Cabrio, que ostenta um design bem evoluído em relação ao hatch Série 1, no qual é baseado. O menor conversível da BMW chega ao mercado europeu em fevereiro – no Brasil, deve desembarcar até o meio do ano e com preço inferior a R$ 200 mil. Os motores a gasolina vão do 2.0 turbo de 184 cv até o 3.0 twinturbo de 326 cv, que vai equipar a versão M235i. Outras novidades da BMW no Salão foram o Série 4 Cabrio e a esperadíssima segunda geração da utilitário X6.Citroën C1 – Como acontecia na geração anterior, o novo subcompacto C1 compartilha a plataforma com o Peugeot 108 e com o Toyota Aygo. O modelo chega ao mercado com duas ou quatro portas, opcional de teto de lona recolhível e uma cara bem “zangada”. Os motores são modestos: 1.0 litro de 68 cv e 1.2 litro de 82 cv. Para o Salão, ele recebeu a versão conceito Urban Ride, que dá um ar aventureiro ao carrinho, com suspensão elevada e visual mais robusto.
La Divine DS – As linhas do futuro DS4 estariam sendo traçadas pelo protótipo Divine. Mas com a independência da DS como uma terceira marca do Grupo PSA e a promessa de três novos modelos nos próximos anos, o La Divine pode ganhar as ruas paralelamente. Claro que com o devido realismo. O conceito apresentado tem no interior tecidos e grade dianteira com cristais Swarowski incrustados, faróis dianteiros em laser e painel central revestido com uma camada de ouro branco. O motor é o conhecido THP de quatro cilindros e 1.6 litro, mas na versão mais poderosa, com 270 cv e 33,7 kgfm de torque.
Fiat 500X – O 500X é o quarto modelo da família 500, depois do 500, 500 L e 500 L Living, de sete lugares. Ele é um crossover que vai substituir em algum tempo o hatch Sedici – versão da Fiat para o Suzuki SX4 – e tem o desenho bem mais harmônico e simpático que o da versão minivan 500L. É bastante improvável que seja comercializado no Brasil, pois atuaria em uma faixa de mercado em que a montadora já é bem atendida com a linha Adventure, mas outros 100 países estão na mira da marca italiana. As motorizações variam de mercado para mercado. Vai desde um 1.6 de 110 cv a gasolina, com tração dianteira e câmbio manual de 5 velocidades, passando por um 1.4 MultiAir Turbo de 140 cv e indo até um 2.4 de 184 cv – os dois últimos com versões dotadas de tração nas quatro rodas e transmissão automática de nove velocidades. Sem falar nas motorizações diesel.
Ford C-Max e Grand C-Max – Em Paris, a Ford investiu alto no mercado familiar. Apresentou de uma só vez a nova S-Max, baseada na plataforma do Fusion/Mondeo, e duas configurações de sua minivan média baseada na plataforma do Focus, C-Max e Grand C-Max, para cinco e sete lugares. A S-Max ganhou uma pitada de esportividade pela direção adaptativa – que muda a relação entre o giro de volante e roda de acordo com a velocidade – e o sistema de tração inteligente All-Wheel Drive. Já a nova geração do C-Max ganhou linhas bem elegantes, mesmo na versão alongada, e tem um prático sistema que permite a abertura da mala sem usar as mãos – basta passar o pé sob o para-choque traseiro. Tanto o S-Max quanto o C-Max contam com o motor EcoBoost 1.5 a gasolina de 150 cv, além dos propulsores diesel.
Ford Mustang – A sexta geração do Mustang já havia sido mostrada no Salão de Genebra, mas agora faz sua première francesa e chega de fato ao mercado europeu. As linhas combinam de forma harmônica as referências ao modelo clássico, de meio século atrás, com a nova identidade visual da marca, com a característica grade em trapézio invertido. As especificações mecânicas têm detalhes destinados a agradar o consumidor local. Caso da suspensão traseira multilink e do propulsor quatro cilindros 2.3 Ecoboost, de 309 cv, com 41,7 kgfm de torque. Ele é um tanto acanhado para um “pony car” mas bem adequado para um período de crise. Obviamente, a Ford não se furtou de trazer seu motor mais robusto, o clássico V8 5.0, que rende 436 cv, com torque de 53,9 kgfm.
Jeep Renegade – O simpático utilitário-esportivo compacto da Jeep será produzido no início de 2015 em Goiana, Pernambuco. O que deu as caras no Salão de Paris foi o produzido na Itália. Ele será lançado em todos os países em que a Jeep atua, inclusive nos Estados Unidos. Pelo menos a versão para a Europa, recebeu um acabamento caprichado e um interior muito bem concebido. No Brasil ele deverá receber os motores a gasolina 1.6 e 1.8, de 117 e 132 cv, respectivamente. Na versão de topo, o Renegade terá tração integral com reduzida e por isso poderá contar com o motor Multijet Turbo 2.0 diesel, de 140 ou 170 cv. Os preços devem iniciar em torno de R$ 60 mil e ultrapassar os R$ 100 mil na versão diesel.
Lamborghini Asterion – Na mesma trilha da McLaren P1, do Porsche 918 Spyder e da LaFerrari, a Lamborghini mostrou sua versão de superesportivo híbrido. O V10 5.2 litros aspirado é combinado a três unidades elétricas e resulta em 910 cv potência. A transmissão de dupla embreagem tem sete marchas e o motor traseiro é transversal, para permitir que as baterias de lítio sejam postas ao longo do túnel central. No modo puramente elétrico, o Asterion LPI-4 910 tem autonomia de 50 km e pode chegar a 125 km/h. Usando tudo a que tem direito, a máxima é de 320 km/h, com zero a 100 km/h em 3 segundos. A arquitetura tem como base um monobloco em fibra de carbono e é “modestamente” anunciada como revolucionária. As linhas, por outro lado, são arredondadas e contrariam a personalidade clássica da Casa de Sant’Agata Bolognese, marcada por traços “entalhados”.
Land Rover Discovery Sport – O efeito Evoque ultrapassou a linha Range Rover e chegou aos modelos Land Rover. No caso, a marca inglesa apresentou o Discovery Sport, sucessor do Freelander 2. O utilitário tem grandes chances de ser escolhido para sair da fábrica conjunta com a Jaguar, que está sendo levantada em Itatiaia, no Sul Fluminense – o outro seria o sedã médio Jaguar XE. Além do visual mais moderno, o Discovery ficou 15 cm maior que o Freelander – tem 4,59 metros – ganhou capacidade para sete passageiros – definido como 5+2 – e traz todos os recursos para off-road disponíveis na linha.
Mazda MX-5 – A quarta geração do roadster japonês quebrou a tradição de trazer linhas suaves. Desta vez, ele ganhou traços mais agressivos e masculinos e um aspecto mais esportivo. O novo MX-5, que faz a estreia mundial em Paris, compartilha a plataforma com modelos da Alfa Romeo e da Fiat, mas tem evoluções que o deixou bem mais leve. Sob o longo capô, um motor 1.5 de 120 cv ou um 2.0 de 165 cv.
Mercedes AMG GT-S – O sucessor do Mercedes-Benz SLS consegue harmonizar um desenho mais suave e equilibrado com o mesmo desempenho feroz, que sempre caracterizou os superesportivos da marca alemã. O modelo preparado pela divisão esportiva AMG é animado por um V8 biturbo central de 510 cv, desenvolvido especialmente para esta versão. Com ele, o esportivo é capaz de cumprir o zero a 100 km/h em 3,8 segundos e alcançar 310 km/h. Mini hatch quatro portas – A Mini não resistiu aos apelos de mercado e decidiu criar um Mini com 4 portas – definido como 5 portas pelo construtor. Com esta configuração, o simpático carrinho inglês vira praticamente um hatch de família. Em relação ao modelo de duas portas, esta nova configuração ficou 16 cm maior, com 3,98 metros. Sob o capô, três opções de motores a gasolina, já presentes no modelo atual. Um é o 1.5 de três cilindros com 102 cv, que na versão turbo chega a 136 cv de potência. O outro equipa a versão Cooper S e é um 2.0 de quatro cilindros e 192 cv. Há ainda três propulsores diesel, de 95 cv, 116 cv e 170 cv. Volkswagen Passat Variant GTE – A Volkswagen aproveitou o face-lift da atual geração da linha Passat para exibir a versão GTE, que chega ao mercado em meados de 2015. A proposta do modelo é unir esportividade e propulsão híbrida. A alimentação é por um sistema que inclui um motor 1.4 TFSI de 156 cv de potência máxima combinada com motor elétrico com 115 cv e 40,8 kfgm de torque, que fica alojado na caixa de marchas – automatizada de seis marchas e dupla embreagem. Em conjunto, os propulsores disponibilizam 218 cv e levam o Passat Variant a 220 km/h, com aceleração de zero a 100 km/h inferior a 8 segundos. Com um tanque de 50 litros e a extensão de autonomia proporcionada pelas baterias de íons de lítio, o modelo pode rodar até mil quilômetros sem reabastecer. Peugeot 108 – A nova geração do subcompacto da Peugeot chega ao mercado com os dois propulsores de três cilindros também oferecidos no Citroën C1: 1.0 de 68 cv e 1.2 de 82 cv. O carrinho de 3,47 metros de comprimento promete uma média de consumo de 20 km/litro. Na Europa, ele custa já completo a partir de 10 mil euros – pouco mais de R$ 30 mil – e encara rivais como Fiat Panda, Hyundai i10 e Volkswagen Up, além dos dois modelos com quem compartilha a plataforma, o C1 e o Toyota Aygo. Peugeot Exalt Concept – A não ser por algumas firulas típicas de carros-conceito, o Peugeot Exalt antecipa com clareza as linhas do futuro substituto do sedã médio-grande 508. As linhas alongadas e fluidas são bastante valorizadas pelo teto baixo, de apenas 1,31 metro de altura. O Peugeot Exalt é dotado com um sistema HYbrid4 plug-in, que gera no total de 340 cv, com tração nas quatro rodas. As dianteiras são movidas pelo propulsor 1.6 THP de 270 cv, enquanto o eixo traseiro é acionado por um motor elétrico de 50 kW motor. Dependendo do uso, o modelo pode ser conduzido no modo totalmente elétrico, totalmente a gasolina ou híbrido. Renault Espace – A quinta geração da minivan Espace, da Renault, ganhou um desenho moderno e aerodinâmico, que em nada lembra os típicos monovolumes de antigamente. No entanto, o modelo, que reinvindica ter inventado o segmento, em 1984 – a disputa de antiguidade é com a Dodge Caravan, do mesmo ano –, manteve o espaço interno e a capacidade de sete passageiros. O luxuoso interior ganhou um ar futurista, com linhas sinuosas e muita iluminação indireta. Sob o capô a Renault instalou dois propulsores diesel, um turbo de 130 cv, outro twinturbo de 160 cv. O motor a gasolina é também turbo, com 200 cv. O modelo ficou 250 kg mais leve que a geração anterior, o que contribuiu para que ficasse 20% mais econômico. Renault Twingo – O Twingo já não é mais o mesmo. Nesta nova geração, a quarta, o compacto deixou de lado a vocação de monovolume e assumiu a condição de hatch subcompacto. O projeto, desenvolvido em conjunto com a Daimler, levou o motor e a tração para a traseira. O propulsor é um 0.9 litro turbo de 90 cv ou um 1.0 litro aspirado de 71 cv, ambos com três cilindros. Smart ForTwo – A terceira geração do Smart ForTwo divide exatamente com o Renault Twingo a plataforma e os propulsores. Com seus 2,69 metros de comprimento, o modelinho urbano tem um diâmetro de giro de apenas 6,95 metros. Além do visual totalmente novo, o microcarro da marca suíça controlada pela Daimler voltou a ter uma versão ForFour, para quatro passageiros e com um comprimento total de 3,49 metros.
Suzuki Vitara – Na quarta geração, o utilitário esportivo da Suzuki volta a se chamar simplesmente de Vitara. O modelo, que deve chegar ao Brasil no ano que vem, ganhou linhas arredondadas e modernas. Sob o capô, sempre um motor 1.6 de 120 cv. O propulsor a gasolina rende 15,9 kgfm de torque, enquanto o diesel tem mais que o dobro e chega a 32,6 kgfm.
Volvo XC90 – Depois de 12 anos sem uma renovação importante, surge em Paris a segunda geração do jipão sueco XC90. A demora, porém, não trouxe maiores ousadias. As linhas do utilitário esportivo são extremamente previsíveis e os motores são os mesmo que atualmente alimentam o line-up da marca. Casos dos turbo diesel com quatro cilindros e 190 cv ou cinco cilindros e 225 cv. A gasolina, a versão T5 rende 254 cv e a T6, 320 cv.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias
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Fonte: Salão do Carro
Categoria: Eventos
Publicado em: 08 Oct 2014 09:55:00
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