1 de set. de 2014

Papo de roda - Decolar, nunca mais

Papo de roda - Decolar, nunca mais



Deu trabalho, perdi tempo e sola de sapato. Mas valeu a pena  
Comprei duas passagens da Azul Linhas Aéreas, em outubro de 2013, pelo site da Decolar, para viajar em janeiro de 2014. Paguei R$ 1.900,00, mas desisti algumas horas depois e pedi o cancelamento. Pedido aceito, mas a Decolar me reembolsaria apenas R$ 650,00. Achei que fosse engano, mas a explicação estava lá, na tela: ela se julgava no direito de me tomar R$ 1.250 a título de multa e outras despesas.
Não confirmei o cancelamento e enviei carta para a Decolar, na doce ilusão de que faria jus a uma resposta com pedido de desculpas. Nem resposta, nem desculpas.
  Fui então ao Juizado de Pequenas Causas. Fila para a senha. Fila para ser atendido por um funcionário que “atermou” minha reclamação. Ou seja, preparou um texto descrevendo os fatos como passo inicial da ação contra a empresa. “Acareação” entre as partes estabelecida para quatro meses depois. Algumas semanas depois, vejo no jornal anúncio de página inteira da American Airlines que não acataria mais nenhuma venda de bilhete aéreo pela Decolar. Empresa, por sinal, da Argentina. Não soube o motivo, mas era evidente que ali tinha jacutinga, pois era óbvio o cheiro da catinga...
Na data marcada, sentam-se as partes à mesa, com um funcionário do Juizado, que propõe acordo. Concordei em ser penalizado com a multa habitual da Azul, de R$ 50,00. O representante da Decolar declarou não ter autorização da empresa para propor acordo. O funcionário do Juizado disse que, sem acordo, o caso seria julgado pela Juiza.
Passado menos tempo que imaginava (cerca de dois meses), recebi uma notificação para buscar um alvará no Juizado, pois a Juiza  tinha determinado o depósito no Banco do Brasil dos R$ 1.900 mais juros e correção. Era só ir lá buscar a grana. Deu trabalho, perdi tempo e sola de sapato, mas valeu a pena. Não somente por recuperar o valor, mas também para a Decolar perceber que não dá para enfiar impunemente a mão no bolso do brasileiro.
Mala – Fugi do tema automóvel e sigo em frente. Desta vez, com outro produto que também anda sobre quatro rodas...
Comprei há alguns anos, no exterior, uma mala (alemã) Rimowa. Que resistiu a tudo, menos à “cuidadosa” operação de carga e descarga num aeroporto, com destruição parcial de uma de suas quatro rodinhas. Liguei para uma loja da marca. A funcionária, solícita, sugeriu que eu a enviasse para  reparo.

Ponderei a dificuldade em despachar a mala para outra cidade (ainda não tem loja Rimowa onde moro) só para substituir uma rodinha. Solução da empresa: enviou a rodinha sem cobrar nada. Nem pelo transporte aéreo. Não é assim que se encanta o cliente?
Mudei minha opinião sobre a Justiça no Brasil. Virei freguês da Rimowa. E jamais volto a abrir o site da Decolar...    

Fonte: R7
Publicado em: 2014-08-18T16:08:00-03:00
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