O “Active Flex” é o primeiro motor turbo do mundo a queimar gasolina ou etanol. Chegou equipando o BMW 320, sedã importado da Alemanha mas que será produzido em Araquari (Santa Catarina). Vai motorizar também outros modelos da marca. Ao acelerar, tanto faz, potência e torque são idênticos com os dois combustíveis. Então, que vantagem Maria leva com esse BMW se, com etanol, o carro só aumenta o consumo e mantem a performance? Se anda igual, vale mais a pena abastecer com gasolina, que dá mais autonomia e exige menos paradas para reabastecer. E, dependendo do preço do etanol, ainda reduz a conta do posto. A rigor, pesquisa feita no mercado (confirmada por concessionárias BMW) indica que freguês disposto a fazer um cheque acima de R$ 130 mil não se preocupa com custo de combustível. Talvez um ou outro “ecochato” fique em paz com a consciência por estar queimando derivado da cana... Pior ainda é que a engenharia da BMW falhou ao desenvolver o software do sistema “Start-Stop” do 320, que se desativa ao perceber apenas etanol no tanque. A empresa explicou que, com o combustível de cana, as emissões de gases ao dar a partida inviabilizariam o sistema. Nesse caso, melhor contratar engenheiros mais competentes, pois a Fiat está lançando seu novo Uno Flex com Start-Stop que funciona com qualquer dos dois combustíveis. No frigir dos ovos, se o etanol não aumenta a potência e ainda inibe o start-stop, o Active Flex da BMW só traz alegria para seu diretor financeiro, pois o Inovar Auto reduz uns pontinhos no IPI...
Fonte: R7
Publicado em: 2014-08-21T17:45:00-03:00
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