Subaru Outback é bonito, com linhas mais esportivas e angulosas Divulgação/Subaru
Traseira remete ainda mais a mistura de SUV e Crossover (crossuv) Divulgação/Subaru
Ponto forte é a suspensão elevada, pneus de uso misto e motor Divulgação/Subaru
Por dentro, sobriedade é a palavra. Design é simples e sem emoção Divulgação/Subaru Quando chegou ao mercado mundial, em 2014, apresentado no Salão de Nova York, o Outback de quinta geração deixou certa dúvida em sua proposta. Crossover ou SUV? A marca o denominou como um CROSSUV, mistura das duas nomenclaturas. O pior é que é bem isso mesmo. Aqui no Brasil, o modelo chegou no fim do ano passado, com preço e versão única — hoje custando R$ 167.990. O valor é um pouco destoante, mais para modelos premiuns, como Audi, Jaguar, BMW e Mercedes-Benz. Mas vale a compra? R7 Carros testou o modelo e traz suas impressões. O Outback é bonito, bastante diferente de sua primeira geração (1997), um clássico station wagon (as peruas por aqui). Ele não chega a chamar a atenção igual ao WRX STI (e a proposta nem é esta), mas parece que falta algo no seu desenho, um tanto blasé. Mas longe de ser feio! Por ser um "crossuv", o Outback não é tão alto quanto um SUV, o que favorece mais a estabilidade e o conforto. Mas ele é mais confortável do que os utilitários, características dos modelos crossovers. Pode ser uma boa pedida para os pais de família. Veja sua dimensões — comprimento de 4,81 m; altura de 1,67 m; largura de 1,84 m; entre-eixos 2,74 m; peso, 1 698 kg; porta- malas 560 litros e tanque 60 litros. Em seu habitáculo, quase não se percebe o que acontece do lado de fora, tamanha qualidade do isolamento acústico do Outback. A Subaru traz como argumento de compra o seu alto grau de confiabilidade, com veículos que quase não apresentam problemas. O motor é bom. Mas poderia ser de melhor uso se fosse sobrealimentado por turbo ou turbocompressor. Não que seja fraco, mas poder contar com o torque máximo com baixo regime de rotação é mais bacana, não acha? Sob o capô, o propulsor Boxer 3.6R 24V atinge a potência de 256 cv a 6 mil rpm e torque de 35,7 kgfm a 4.400 rpm. Aos 100 km/h, são necessários 8,6 segundos e a velocidade final, dados de fábrica, é de 230 km/h. O eficiente controle X-Mode é responsabilizado por arrumar erros de condutores empolgados. O câmbio é um CVT de seis marchas com paddle shift, um plus em tocadas mais agressivas, já que este tipo de transmissão é um pouco monótona. A potência é bacana, mas a força total é entregue em um alto regime de rotação, o que exige mais tempo e espaço para mostrar seu poderio. Diferentemente dos motores sobrealimentados, que entregam todo o torque antes dos 2 mil rpm, em curta distância. Sem contar que a emoção de guiar um deste é muito melhor do que os carros aspirados, pelo menos em ciclo urbano. Não que ele não tenha apelo esportivo, caro leitor, muito pelo contrário. É só subir o giro que o "haras" sob o capô aparece. Mas, nos dias de hoje, a adoção de um "caracolzinho" é bem-vindo, até mesmo pela economia, pois o torque nasce cedo. A tração integral (4X4) ajuda no controle do carro, em diferentes tipos de pavimentações. Inclusive, o Outback vem com pneus de uso misto (235/60 aro 18) e suspensão elevada, o que permite trafegar com desenvoltura em qualquer condição de terreno, seja asfalto ou estradas de terra. Na cidade, é uma boa pedida para os tantos buracos oferecidos pelo nosso governador. Equipamentos de série Por este preço, ele tem por orbigação ser bem equipado. São sete airbags, teto solar elétrico, faróis de xenônio (não no alto) e assinatura em LED com lavador de farol, rodas esportivas de liga leve aro 18”, revestimento dos bancos em couro com duas opções de cor, ar-condicionado dual zone, regulagem elétrica dos bancos com memória de ajustes para o assento do motorista e sistema X-MODE (Assistência em aclive e declive). Além do citado acima, há sistema keyless de abertura (abre por presença da chave), câmera de marcha à ré (faz muita falta um sensor de distância, erro grave da Subaru), controle eletrônico de velocidade com comandos no volante, pedaleiras esportivas com acabamento em alumínio, freio de estacionamento eletrônico, rádio multifunção com tela touch screen e sistema de áudio Harman/Kardon. Por dentro, sobriedade O interior é bacana. Há excelente qualidade do material de revestimento da cabine, com maior aparência esporte do que luxo. O isolamento acústico é ótimo. Mas, assim como o design externo, parece que algo faz falta por dentro. O que tange ao espaço, ponto positivo, principalmente atrás, com entre-eixos 2,74 m. A tela de sete polegadas é simples, mas intuitiva. Não comporta sistemas operacionais de smartphones e não tem navegação por GPS (outro erro da marca), mas traz entrada USB e Bluetooth. É suficiente? Seu critério. Vale a compra? Depende. O que você procura, caro leitor? O carro é bem o clichê dos modelos japoneses: discreto e eficiente. Ele não decepciona nos principais atributos (como motor, conforto e dirigibilidade), mas em outros, como mimos (sensor de ré e espelhamento para Android Auto e Apple Car Play), deixa a desejar. Seu foco é a esportividade, apesar de eu achar que um motor turbinado cairia melhor, sem mencionar no consumo que diminuiria. Por falar nele, até que não é ruim para um grandalhão que pesa 1.698 kg. Na cidade, a média feita foi de 7,5 l na cidade e 12,5 l na estrada. Pelo preço, R$ 167.790, dá para pensar em modelos alemães, como Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA. Só que aí vai do objetivo do cliente. *Colaborou Lucas Henk Assine o R7 Play e veja a Record online!
Fonte: R7
Publicado em: 2016-05-28T14:44:46-03:00
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