Não está fácil vender carros no Brasil. O mercado, que já beirou os 3,5 milhões de automóveis anuais, arrisca a fechar 2016 abaixo dos 2 milhões de veículos vendidos. A Fiat Chrysler Automobiles manteve a liderança nas vendas no país em 2015, mas o posto de carro mais vendido do ano foi tomado pela Chevrolet, com o Onix, que deixou o Fiat Palio – o líder de 2014 – no segundo posto. Para ganhar mais competitividade entre os hatches pequenos, que representam a maior parte das vendas no Brasil, a Fiat resolveu introduzir uma novidade na base de sua ampla oferta no segmento – que já inclui os compactos Uno, Palio e Punto e o subcompacto 500. Assim, a marca italiana acaba de lançar seu quinto hatch pequeno – o subcompacto Mobi que, na prática, se torna seu novo carro de entrada.
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Mas é nas versões Like e Like On que a Fiat espera que se concentrem o grosso das vendas do Mobi. A Like, que começa em R$ 37.900, incorpora alguns confortos em relação à Easy On – vidros e travas elétricos, computador de bordo, chave telecomando, console central longo com porta copos para os passageiros do banco traseiro, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores externos pintados na cor da carroceria, grade dianteira pintada em preto brilhante, comandos internos para abertura do bocal de combustível e do porta-malas e revestimento do porta-malas. Os dois sistemas de som disponíveis – rádio B7 e, a partir de junho, o Live On – são opcionais, ambos acompanhados de alarme e comandos no volante. E a Like On traz de série rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com Tilt Down e repetidores de direção, apoio para o pé esquerdo do motorista, porta-óculos, sensores de estacionamento, alarme e rádio B7 com comandos no volante. Essa começa em R$ 42.300 A versão Way acrescenta uma pitada aventureira ao compacto. Por R$ 39.300, traz as barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e as molduras nas caixas das rodas de 14 polegadas, além das suspensões mais elevadas. Mas os dois sistemas de som – rádio B7 e, em breve, o Fiat Live – ainda são opcionais, ambos acompanhados de alarme e comandos no volante. O “top” de linha Way On agrega rodas de liga leve de 14 polegadas com desenho próprio e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional e rádio B7 com comandos no volante. Mas custa R$ 43.800. A partir da versão Live On, há superposição de preços em relação à linha Uno, cuja versão mais básica, a Attractive, começa em R$ 38.990.
Em termos de dimensões, o adversário mais óbvios do Mobi é o Volkswagen Up. Mas a Fiat pretende que o novo compacto também roube clientes das versões mais despojadas de modelos como Chevrolet Onix, Volkswagen Gol e Fox, Ford Ka e Fiesta, Nissan March e Renault Sandero.
Interatividade – O Mobi imita o Uno em termos de funcionalidade interna. São poucos comandos e todos de leitura fácil e uso intuitivo. O computador de bordo, presente na versão Way On testada, é eficiente. Já o câmbio manual repete seu comportamento no Uno. Ou seja, é um tanto mole e ligeiramente impreciso nos engates – mas nada que chegue a incomodar muito, quando o motorista se acostuma. A direção é hidráulica, em tempos onde as direções eletricamente assistidas já predominam nos mais recentes lançamentos automotivos. Nota 7. Consumo – Segundo o InMetro, na cidade o Mobi consome 8,4 km/l com etanol e 11,9 km/l com gasolina. Na estrada, faz 9,2 km/l com etanol e 13,3 km/l com gasolina. Pelo porte e pela proposta urbana, os números de consumo nem são tão impressionantes para um carro que acaba de ser lançado. Apesar de consumir mais do que alguns concorrentes – o Volkswagen Up aspirado de 3 cilindros, por exemplo, faz 13,5 km/l na cidade, com gasolina –, o Mobi garantiu a nota A do InMetro. Nota 8.
Conforto – A suspensão do Mobi até absorve bem as irregularidades do piso. Mas falta espaço no habitáculo, principalmente para os ocupantes do banco traseiro, o que compromete o “bem-estar” a bordo. Atrás, levar três pessoas pode até ser possível – mas, se não forem três crianças pequenas, com certeza não é uma boa ideia. No lugar central do banco traseiro, o cinto de segurança é apenas abdominal – os de três pontos só serão obrigatórios em 2020. Tanto na altura quanto para as pernas, o espaço é bem limitado. Na dianteira, pessoas com mais de 1,80 m também podem se sentir um pouco oprimidas. O isolamento acústico não é nenhum primor, mas o ar-condicionado funciona bem – o habitáculo pequeno ajuda a esfriar rápido o ambiente. Nota 6. Tecnologia – A plataforma do Mobi é emprestada do Uno e é relativamente recente. Mas o motor 1.0 8V de 73/75 cv é veterano e sua performance deixa a desejar em relação aos ágeis e econômicos trens de força disponibilizados pela concorrência. No segundo semestre, está prevista a chegada de um novo motor 1.0 de três cilindros e provavelmente a opção do sistema Start/Stop, que desliga o motor quando o carro está parado e em ponto morto. Hoje, o Mobi oferece as tecnologias comuns aos carros de entrada. O novo sistema de conectividade Live On, que transforma o celular do motorista em uma central multimídia do carro, só estará disponível em junho. Até lá, a central será a mesma ofertada no Uno, a Connect. Nota 6.
Habitabilidade – As portas do Mobi até têm uma abertura ampla – são 75º –, mas a altura da porta traseira – mais baixa, em virtude do caimento do teto – dificulta acesso. Uma vez dentro do carro, percebe-se logo o que é estar em um subcompacto. Atrás, pessoas com mais de 1,75 m já raspam a cabeça no teto – acima dessa altura, é melhor evitar sentar ali, mesmo porque os espaços para as pernas também são exíguos. Os porta-objetos são eficientes, mas o porta-malas leva apenas 235 litros – bem menos que os 280 litros do Uno. Pelo menos o encosto do banco traseiro bipartido é rebatível e também regulável em duas posições. No porta-malas, há uma caixa que pode ser removida para ajudar a levar as compras. Nota 5. Acabamento – No Brasil, não se deve esperar demais do acabamento de um hatch de entrada. No Mobi, os plásticos rígidos estão por toda parte e é possível encontrar algumas rebarbinhas nos acabamentos que seriam dispensáveis. O aspecto geral é simples, mas o design até se esforça para emprestar alguma irreverência e modernidade ao ambiente. Nota 6.
Design – Segundo a Fiat, é o ponto alto do modelo. Mas ao contrário do Uno, cujo desenho jovial e descontraído agrada a maioria, ou do Cinqüecento, com seu charme “vintage”, o estilo do Mobi talvez não obtenha tanta unanimidade. Na dianteira, faróis e lanternas são grandes e formam um conjunto de aparência pesada, quase rústica, incomum nos carros da Fiat e singular em modelos desse porte. Na traseira, as lanternas parecem um tanto hiperdimensionadas e a tampa do porta-malas em vidro preto, solução inédita no mercado nacional, também pode causar estranheza a alguns. Faz falta uma lingueta junto do miolo da chave, pois ao manusear a tampa é preciso pegar no vidro, que fica marcado de dedos. Para reduzir risco de quebra em colisões traseiras, há uma saliência no para-choque, logo abaixo da tampa, que recebe qualquer eventual impacto primeiro. Nota 6. Custo/benefício – Antes do lançamento, cogitava-se que o Fiat Mobi deveria partir de um valor similar ao do Palio Fire – R$ 29.160. Mas o novo compacto já começa nos R$ 31.900 na versão Easy – que traz insóltias rodas aro 13 com calotas e ainda vem sem ar-condicionado, direção hidráulica, rádio, vidros e travas elétricos ou regulagem de altura do volante. Felizmente a versão testada era a “top” de linha Way On, que já incorpora rodas aro 14 de liga-leve e um nível de equipamentos digno para um compacto. Mas aí o preço salta para R$ 43.800, valor que já coloca o modelo na mesma faixa de compactos mais espaçosos e equipados. Nota 7. Total – O Fiat Mobi Way On somou 64 pontos em 100 possíveis.
Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência: 73/75 cv com gasolina/etanol a 6.250 rpm.
Torque: 9,5/9,9 kgfm com gasolina/etanol a 3.850 rpm.
0-100 km/h: 13,4 segundos na versão Easy e 13,8 segundos nas demais.
Diâmetro e curso: 70,0 mm X 64,9 mm.
Taxa de compressão: 12,15:1.
Velocidade máxima: 153 km/h.
Suspensão: Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores, amortecedores hidráulicos e telescópicos de duplo efeito e mola helicoidal. Traseira com eixo de torção com rodas semi independentes, amortecedores hidráulicos e telescópicos de duplo efeito e mola helicoidal. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 165/70 R13 na versão Easy e 175/65 R14 nas demais.
Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Freios ABS com EBD. Não oferece controle eletrônico de tração.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,57 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,50 m de altura (1,49 m na versão Easy e 1,55 m nas configurações Way e Way On) e 2,30 m de distância entre-eixos. Airbags frontais.
Peso: Entre 907 kg (Easy) e 966 kg (Way On).
Capacidade do porta-malas: 235 litros (215 litros nas versões Like e Way).
Tanque de combustível: 47 litros.
Produção: Betim, Brasil.
Preço: R$ 31.900.
Versão Easy On: adiciona ar-condicionado, direção hidráulica, volante com regulagem de altura e rodas de 14 polegadas.
Preço: R$ 35.800.
Versão Like: adiciona vidros e travas elétricos, predisposição para rádio, computador de bordo, chave telecomando, console central longo com porta-copos para os passageiros do banco traseiro, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores externos pintados na cor da carroceria, grade dianteira pintada em preto brilhante, comandos internos para abertura do bocal de combustível e do porta-malas e revestimento do porta-malas.
Preço: R$ 37.900.
Versão Like On: adiciona rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com Tilt Down e repetidores de direção, kit Comfort (apoio para o pé esquerdo do motorista, porta-óculos e alças de segurança), sensores de estacionamento, tecidos diferenciados em duas cores com costuras brancas, alarme e rádio com comandos no volante.
Preço: R$ 42.300.
Versão Mobi Way: Itens da versão Like e mais barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos, molduras nas caixas das rodas e suspensões mais elevadas.
Preço: R$ 39.300
Versão Mobi Way On: Itens da versão Way e Like On, mais rodas de liga leve de 14 polegadas exclusivas e console de teto com porta-objetos e espelho adicional.
Preço: R$ 43.800.
Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias
Reforço na base - O subcompacto urbano Mobi aumenta a ampla oferta de hatches pequenos da Fiat no Brasil
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Mas é nas versões Like e Like On que a Fiat espera que se concentrem o grosso das vendas do Mobi. A Like, que começa em R$ 37.900, incorpora alguns confortos em relação à Easy On – vidros e travas elétricos, computador de bordo, chave telecomando, console central longo com porta copos para os passageiros do banco traseiro, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores externos pintados na cor da carroceria, grade dianteira pintada em preto brilhante, comandos internos para abertura do bocal de combustível e do porta-malas e revestimento do porta-malas. Os dois sistemas de som disponíveis – rádio B7 e, a partir de junho, o Live On – são opcionais, ambos acompanhados de alarme e comandos no volante. E a Like On traz de série rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com Tilt Down e repetidores de direção, apoio para o pé esquerdo do motorista, porta-óculos, sensores de estacionamento, alarme e rádio B7 com comandos no volante. Essa começa em R$ 42.300 A versão Way acrescenta uma pitada aventureira ao compacto. Por R$ 39.300, traz as barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos e as molduras nas caixas das rodas de 14 polegadas, além das suspensões mais elevadas. Mas os dois sistemas de som – rádio B7 e, em breve, o Fiat Live – ainda são opcionais, ambos acompanhados de alarme e comandos no volante. O “top” de linha Way On agrega rodas de liga leve de 14 polegadas com desenho próprio e o console de teto com porta-objetos e espelho adicional e rádio B7 com comandos no volante. Mas custa R$ 43.800. A partir da versão Live On, há superposição de preços em relação à linha Uno, cuja versão mais básica, a Attractive, começa em R$ 38.990.
Em termos de dimensões, o adversário mais óbvios do Mobi é o Volkswagen Up. Mas a Fiat pretende que o novo compacto também roube clientes das versões mais despojadas de modelos como Chevrolet Onix, Volkswagen Gol e Fox, Ford Ka e Fiesta, Nissan March e Renault Sandero.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.0 8V de 73/75 cv e torque de 9,5/9,9 kgfm com gasolina/etanol do Mobi é o mesmo que, desde a virada do século, move as versões básicas do Palio e do Uno. Um motor 1.0 de três cilindros é esperado para o segundo semestre. Embora o Mobi seja 48 kg mais leve que o Uno Attractive, tal diferença não chega a ser muito perceptível em termos de performance. O carro só responde mais rapidamente às solicitações feitas sobre o pedal direito quando os giros são elevados. Mas, como a proposta do Mobi é explicitamente urbana, ter reações mais cadenciadas faz parte desse contexto. Retomadas um pouco mais vigorosas até são possíveis, mas demandam reduções de marchas para que se atinja o torque máximo, que só aparece perto dos 4 mil rpm. Nota 6. Estabilidade – A suspensão do Mobi é macia, bem dentro do padrão da Fiat, e privilegia o conforto. Se o motorista não abusar da velocidade, faz bem curvas. Quando se acelera um pouco mais nos trechos sinuosos, as rolagens de carroceria se tornam perceptíveis. Mas tudo dentro do aceitável para o segmento de hatches de entrada. Nota 7.Interatividade – O Mobi imita o Uno em termos de funcionalidade interna. São poucos comandos e todos de leitura fácil e uso intuitivo. O computador de bordo, presente na versão Way On testada, é eficiente. Já o câmbio manual repete seu comportamento no Uno. Ou seja, é um tanto mole e ligeiramente impreciso nos engates – mas nada que chegue a incomodar muito, quando o motorista se acostuma. A direção é hidráulica, em tempos onde as direções eletricamente assistidas já predominam nos mais recentes lançamentos automotivos. Nota 7. Consumo – Segundo o InMetro, na cidade o Mobi consome 8,4 km/l com etanol e 11,9 km/l com gasolina. Na estrada, faz 9,2 km/l com etanol e 13,3 km/l com gasolina. Pelo porte e pela proposta urbana, os números de consumo nem são tão impressionantes para um carro que acaba de ser lançado. Apesar de consumir mais do que alguns concorrentes – o Volkswagen Up aspirado de 3 cilindros, por exemplo, faz 13,5 km/l na cidade, com gasolina –, o Mobi garantiu a nota A do InMetro. Nota 8.
Conforto – A suspensão do Mobi até absorve bem as irregularidades do piso. Mas falta espaço no habitáculo, principalmente para os ocupantes do banco traseiro, o que compromete o “bem-estar” a bordo. Atrás, levar três pessoas pode até ser possível – mas, se não forem três crianças pequenas, com certeza não é uma boa ideia. No lugar central do banco traseiro, o cinto de segurança é apenas abdominal – os de três pontos só serão obrigatórios em 2020. Tanto na altura quanto para as pernas, o espaço é bem limitado. Na dianteira, pessoas com mais de 1,80 m também podem se sentir um pouco oprimidas. O isolamento acústico não é nenhum primor, mas o ar-condicionado funciona bem – o habitáculo pequeno ajuda a esfriar rápido o ambiente. Nota 6. Tecnologia – A plataforma do Mobi é emprestada do Uno e é relativamente recente. Mas o motor 1.0 8V de 73/75 cv é veterano e sua performance deixa a desejar em relação aos ágeis e econômicos trens de força disponibilizados pela concorrência. No segundo semestre, está prevista a chegada de um novo motor 1.0 de três cilindros e provavelmente a opção do sistema Start/Stop, que desliga o motor quando o carro está parado e em ponto morto. Hoje, o Mobi oferece as tecnologias comuns aos carros de entrada. O novo sistema de conectividade Live On, que transforma o celular do motorista em uma central multimídia do carro, só estará disponível em junho. Até lá, a central será a mesma ofertada no Uno, a Connect. Nota 6.
Habitabilidade – As portas do Mobi até têm uma abertura ampla – são 75º –, mas a altura da porta traseira – mais baixa, em virtude do caimento do teto – dificulta acesso. Uma vez dentro do carro, percebe-se logo o que é estar em um subcompacto. Atrás, pessoas com mais de 1,75 m já raspam a cabeça no teto – acima dessa altura, é melhor evitar sentar ali, mesmo porque os espaços para as pernas também são exíguos. Os porta-objetos são eficientes, mas o porta-malas leva apenas 235 litros – bem menos que os 280 litros do Uno. Pelo menos o encosto do banco traseiro bipartido é rebatível e também regulável em duas posições. No porta-malas, há uma caixa que pode ser removida para ajudar a levar as compras. Nota 5. Acabamento – No Brasil, não se deve esperar demais do acabamento de um hatch de entrada. No Mobi, os plásticos rígidos estão por toda parte e é possível encontrar algumas rebarbinhas nos acabamentos que seriam dispensáveis. O aspecto geral é simples, mas o design até se esforça para emprestar alguma irreverência e modernidade ao ambiente. Nota 6.
Design – Segundo a Fiat, é o ponto alto do modelo. Mas ao contrário do Uno, cujo desenho jovial e descontraído agrada a maioria, ou do Cinqüecento, com seu charme “vintage”, o estilo do Mobi talvez não obtenha tanta unanimidade. Na dianteira, faróis e lanternas são grandes e formam um conjunto de aparência pesada, quase rústica, incomum nos carros da Fiat e singular em modelos desse porte. Na traseira, as lanternas parecem um tanto hiperdimensionadas e a tampa do porta-malas em vidro preto, solução inédita no mercado nacional, também pode causar estranheza a alguns. Faz falta uma lingueta junto do miolo da chave, pois ao manusear a tampa é preciso pegar no vidro, que fica marcado de dedos. Para reduzir risco de quebra em colisões traseiras, há uma saliência no para-choque, logo abaixo da tampa, que recebe qualquer eventual impacto primeiro. Nota 6. Custo/benefício – Antes do lançamento, cogitava-se que o Fiat Mobi deveria partir de um valor similar ao do Palio Fire – R$ 29.160. Mas o novo compacto já começa nos R$ 31.900 na versão Easy – que traz insóltias rodas aro 13 com calotas e ainda vem sem ar-condicionado, direção hidráulica, rádio, vidros e travas elétricos ou regulagem de altura do volante. Felizmente a versão testada era a “top” de linha Way On, que já incorpora rodas aro 14 de liga-leve e um nível de equipamentos digno para um compacto. Mas aí o preço salta para R$ 43.800, valor que já coloca o modelo na mesma faixa de compactos mais espaçosos e equipados. Nota 7. Total – O Fiat Mobi Way On somou 64 pontos em 100 possíveis.
Primeiras Impressões
São Paulo/SP – Coerentemente com a proposta urbana do Mobi, a Fiat decidiu apresentá-lo à imprensa especializada brasileira na engarrafada capital paulista. No tipicamente lento trânsito local, o pequeno novo carro da Fiat, em sua versão topo de linha Way On, esteve à vontade no “para e anda”. Nas ocasiões em que pôde acelerar um pouco mais, mostrou um comportamento pacato, característico dos modelos com motorização 1.0 mais antiga – os novos motores de mesma litragem já oferecem performances bem mais instigantes, além de serem mais leves e econômicos. Quando se deseja acelerar de forma mais vigorosa, a opção é reduzir as marchas e fazer o giro subir para ganhar força. Assim como o motor, o câmbio do Mobi é igual ao do Uno – um tanto mole e impreciso nos engates. Mas funciona bem, embora o conjunto não ofereça performances muito emocionantes – e essa também não é a intenção do carro. No geral, a percepção é que o Mobi não é tão novo quanto aparenta. Para quem dirige, a sensação é muito parecida com a de quem dirige um Uno. A suspensão macia é a mesma, assim como a tendência de inclinar um pouco a carroceria nas curvas. Como começa em uma faixa de preços inferior à do Uno, embora a partir da versão intermediária Easy On já comece a acontecer alguma superposição de preços, pode ser que o Mobi encontre sua própria personalidade – e seu próprio público. Além do preço, uma vantagem em relação ao Uno é justamente o tamanho reduzido – para quem tem garagens apertadas, o Mobi é um carrinho fácil de colocar na vaga.Ficha técnica
Fiat Mobi
Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro. Injeção multiponto e acelerador eletrônico.Transmissão: Manual de cinco marchas à frente e uma a ré. Tração dianteira.
Potência: 73/75 cv com gasolina/etanol a 6.250 rpm.
Torque: 9,5/9,9 kgfm com gasolina/etanol a 3.850 rpm.
0-100 km/h: 13,4 segundos na versão Easy e 13,8 segundos nas demais.
Diâmetro e curso: 70,0 mm X 64,9 mm.
Taxa de compressão: 12,15:1.
Velocidade máxima: 153 km/h.
Suspensão: Mc Pherson com rodas independentes, braços oscilantes inferiores, amortecedores hidráulicos e telescópicos de duplo efeito e mola helicoidal. Traseira com eixo de torção com rodas semi independentes, amortecedores hidráulicos e telescópicos de duplo efeito e mola helicoidal. Não oferece controle eletrônico de estabilidade.
Pneus: 165/70 R13 na versão Easy e 175/65 R14 nas demais.
Freios: Discos sólidos na frente e tambores atrás. Freios ABS com EBD. Não oferece controle eletrônico de tração.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,57 metros de comprimento, 1,63 m de largura, 1,50 m de altura (1,49 m na versão Easy e 1,55 m nas configurações Way e Way On) e 2,30 m de distância entre-eixos. Airbags frontais.
Peso: Entre 907 kg (Easy) e 966 kg (Way On).
Capacidade do porta-malas: 235 litros (215 litros nas versões Like e Way).
Tanque de combustível: 47 litros.
Produção: Betim, Brasil.
Itens de série e Preços
Versão Easy: banco traseiro bipartido, para-choques pintados na cor da carroceria, Lane Change, rodas de 13 polegadas com calotas, retrovisores com comando interno e para-sol com espelho para o passageiro.Preço: R$ 31.900.
Versão Easy On: adiciona ar-condicionado, direção hidráulica, volante com regulagem de altura e rodas de 14 polegadas.
Preço: R$ 35.800.
Versão Like: adiciona vidros e travas elétricos, predisposição para rádio, computador de bordo, chave telecomando, console central longo com porta-copos para os passageiros do banco traseiro, limpador e desembaçador traseiro, cintos de segurança dianteiros ajustáveis em altura, maçanetas e retrovisores externos pintados na cor da carroceria, grade dianteira pintada em preto brilhante, comandos internos para abertura do bocal de combustível e do porta-malas e revestimento do porta-malas.
Preço: R$ 37.900.
Versão Like On: adiciona rodas de liga leve de 14 polegadas, faróis de neblina, banco do motorista com regulagem de altura, retrovisores elétricos com Tilt Down e repetidores de direção, kit Comfort (apoio para o pé esquerdo do motorista, porta-óculos e alças de segurança), sensores de estacionamento, tecidos diferenciados em duas cores com costuras brancas, alarme e rádio com comandos no volante.
Preço: R$ 42.300.
Versão Mobi Way: Itens da versão Like e mais barras longitudinais de teto, para-choques exclusivos, molduras nas caixas das rodas e suspensões mais elevadas.
Preço: R$ 39.300
Versão Mobi Way On: Itens da versão Way e Like On, mais rodas de liga leve de 14 polegadas exclusivas e console de teto com porta-objetos e espelho adicional.
Preço: R$ 43.800.
Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira (Auto Press)
Fotos: Luiz Humberto Monteiro Pereira/Carta Z Notícias
Reforço na base - O subcompacto urbano Mobi aumenta a ampla oferta de hatches pequenos da Fiat no Brasil
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 20 Apr 2016 11:10:00
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