A robustez sempre esteve explícita na estética do Chevrolet Cobalt. Mas a modernização recente entre os modelos compactos e a importância cada vez maior do design na motivação de compra de um automóvel fizeram com que a marca norte-americana se mexesse. As mudanças aconteceram em dezembro último, o que fez com que o sedã já entrasse em 2016 “de cara nova” – foi o primeiro modelo a ganhar no Brasil a nova identidade visual mundial da marca, que vai se espalhar por toda a linha. O facelift trouxe uma proposta mais elegante que se encaixa muito bem na sua versão de topo, a Elite. E adiciona um ar de exclusividade ao carro que pode atrair possíveis consumidores de variantes de entrada de modelos maiores. Veja também:
Por dentro, a ideia de elegância é empregada com o acabamento bicolor, que combina couro preto e marrom no interior preto. Essa mistura já é vista em modelos mais caros da marca, como o sedã médio Cruze. A outra novidade é a adoção do sistema de assistência OnStar, lançado recentemente no Brasil e que incorpora uma conexão via telefone ao veículo. Através dela, é possível acessar diversos serviços – desde um pedido de socorro em caso de acidente a um simples agendamento em salão de beleza ou consulta ao horóscopo do dia.
A central multimídia My Link também foi melhorada e vem na chamada segunda geração. Os comandos de toque foram substituídos por botões físicos, localizados à direita da tela. Com a referência tátil, a ideia é aumentar a segurança possibilitando que o motorista acesse as funções sem precisar olhar para o equipamento. O sistema é compatível ainda com Android Auto, da Google, e Car Play, da Apple. Já a motorização do Cobalt Elite é a mesma de suas últimas versões de topo. Trata-se do conhecido propulsor 1.8 de 106/108 cv com gasolina/etanol no tanque. A transmissão nesta configuração é sempre automática de seis marchas, com modo sequencial acionado através de um comutador na própria alavanca.
O Cobalt até já foi um sucesso de público, com médias até superiores a 5 mil unidades mensais vendidas. Mas esses números caíram bastante e 2015 fechou com 1.922 emplacamentos mensais registrados entre janeiro e dezembro. A falta de novidades tecnológicas e internas pode ser um dos motivos pelos quais esses resultados não melhoraram. Na verdade, até caíram, se comparados com o próprio mercado de carros de passeio no primeiro trimestre do ano. Em 2015, foram 2.366 exemplares vendidos em cada mês, entre janeiro e março. Já em 2016, esse número é de apenas 1.676. Ou seja, uma retração de 29,2%, enquanto os emplacamentos gerais desceram 26,4% no mesmo período. Pelo visto, mudar a “casca” não é o bastante para impressionar o consumidor atual.
Tecnologia – A plataforma do modelo é a Gamma II, usada mundialmente pela GM para modelos compactos de tração dianteira. Não é sofisticada, mas é razoavelmente recente, de 2010. Os recursos tecnológicos do Cobalt Elite não vão muito além do sistema multimídia touchscreen. Não há qualquer salva-guarda de segurança, além das obrigatórias por lei. Nota 6. Conforto – Nesse ponto, o Cobalt Elite se destaca. O espaço traseiro é amplo para pernas e cabeças e mesmo um quinto elemento não chega a incomodar em distâncias médias. Os bancos revestidos em couro possuem boa densidade e a suspensão absorve com eficiência os desníveis das ruas brasileiras. O isolamento acústico, porém, deixa muito a desejar quando se extrai um pouco mais de vigor do trem de força. Nota 8. Habitalidade – Há nichos suficientes para acomodar os objetos que precisam estar mais à mão do motorista. Além do habitáculo espaçoso, entrar e sair do veículo é fácil devido ao bom ângulo de abertura das portas. O porta-malas é outro ponto a favor: carrega expressivos 563 litros. Nota 9. Acabamento – O Cobalt é um carro racional, que não prima por luxo ou requinte. Os plásticos rígidos são abundantes, mas a versão Elite traz revestimentos em couro que mistura preto e marrom e dá à cabine alguma dose de charme. O preto brilhante aparece no centro do painel, na moldura do sistema multimídia, e nas extremidades, nas saídas laterais do ar-condicionado, além de cobrir parte da alavanca do câmbio. Nota 7.
Design – O face-lift serviu para deixar para trás o visual quadrado que foi motivo de críticas ao sedã desde o seu lançamento. As mudanças estéticas afetaram basicamente a frente e a traseira – incluindo o capô e a tampa do porta-malas. Mas a impressão é a de que se trata de um carro totalmente novo. Os faróis estão afilados e com dupla parábola e as lanternas, deitadas e repartidas pela tampa do compartimento de bagagens. O resultado é um aspecto mais elegante e que amplia a sensação de largura do Cobalt. Nota 8. Custo/Benefício – O Chevrolet Cobalt Elite está entre os sedãs compactos mais caros do mercado. Ele custa R$ 68.990 e não contempla opcionais. Na mesma faixa de preço, está o Hyundai HB20S, que tem 20 cv a mais de potência. E é quase 15% mais caro que um Toyota Etios sedã 1.5 automático e um Renault Logan Dynamique 1.6 com transmissão automatizada. Definitivamente, há opções melhores e bem mais baratas que o Cobalt. Nota 6. Total – O Chevrolet Cobalt Elite somou 71 pontos em 100 possíveis.
Os bancos são macios e o espaço é amplo. Achar a melhor posição para dirigir é fácil e todos os comandos – nem são tantos – estão bem localizados e têm leitura simples. O volante tem boa pegada e o porta-malas facilita a vida de quem usa o carro para viajar com a família ou a trabalho, com seus fartos 563 litros de capacidade. Em movimento, o Cobalt também privilegia o conforto. As trocas de marchas são suaves e o sistema interpreta bem a intenção das pisadas do condutor. Arrancadas e retomadas são eficientes – muito em função do torque máximo estar disponível já aos 3.200 giros. O resultado é um vigor satisfatório sem grande espera. O comportamento também é bom nas curvas e a direção se mostra firme mesmo em velocidades elevadas. O ganho de velocidade é melhorado quando se opta pelas trocas de marchas manuais. O problema aí está no irritante botão utilizado para isso, localizado na própria alavanca do câmbio. Aletas no volante específicas para isso poderiam proporcionar uma direção bem mais instigante.
Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades em modo sequencial à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 108 cv a 5.400 rpm e 106 cv a 5.600 rpm com etanol e gasolina.
Torque máximo: 17,1 kgfm e 16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,2 mm.
Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com braço de controle ligado e barra estabilizadora. Traseira semi-independente, com eixo de torção e barra estabilizadora soldada no eixo. Não possui controle de estabilidade.
Pneus: 195/65 R15.
Freios: Dianteiros a disco ventilados e traseiros a tambor, com ABS.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,48 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,52 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Possui airbags frontais.
Peso: 1.135 kg.
Capacidade do porta-malas: 563 litros.
Tanque de combustível: 54 litros.
Produção: São Caetano do Sul, São Paulo.
Itens de série: ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, alarme, faróis de neblina, sensor de estacionamento, computador de bordo, rodas de alumínio, volante multifuncional, controle de cruzeiro, sistema multimídia My Link, serviço de assistência OnStar, bancos com revestimento em couro, câmara de ré e sensor de chuva e de luminosidade.
Preço: R$ 68.990.
Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias
Questão de imagem - Cobalt Elite traz nova assinatura de design da Chevrolet, mas mantém interior e tecnologias antigas
- Teste do Chevrolet Cobalt Graphite
Por dentro, a ideia de elegância é empregada com o acabamento bicolor, que combina couro preto e marrom no interior preto. Essa mistura já é vista em modelos mais caros da marca, como o sedã médio Cruze. A outra novidade é a adoção do sistema de assistência OnStar, lançado recentemente no Brasil e que incorpora uma conexão via telefone ao veículo. Através dela, é possível acessar diversos serviços – desde um pedido de socorro em caso de acidente a um simples agendamento em salão de beleza ou consulta ao horóscopo do dia.
A central multimídia My Link também foi melhorada e vem na chamada segunda geração. Os comandos de toque foram substituídos por botões físicos, localizados à direita da tela. Com a referência tátil, a ideia é aumentar a segurança possibilitando que o motorista acesse as funções sem precisar olhar para o equipamento. O sistema é compatível ainda com Android Auto, da Google, e Car Play, da Apple. Já a motorização do Cobalt Elite é a mesma de suas últimas versões de topo. Trata-se do conhecido propulsor 1.8 de 106/108 cv com gasolina/etanol no tanque. A transmissão nesta configuração é sempre automática de seis marchas, com modo sequencial acionado através de um comutador na própria alavanca.
O Cobalt até já foi um sucesso de público, com médias até superiores a 5 mil unidades mensais vendidas. Mas esses números caíram bastante e 2015 fechou com 1.922 emplacamentos mensais registrados entre janeiro e dezembro. A falta de novidades tecnológicas e internas pode ser um dos motivos pelos quais esses resultados não melhoraram. Na verdade, até caíram, se comparados com o próprio mercado de carros de passeio no primeiro trimestre do ano. Em 2015, foram 2.366 exemplares vendidos em cada mês, entre janeiro e março. Já em 2016, esse número é de apenas 1.676. Ou seja, uma retração de 29,2%, enquanto os emplacamentos gerais desceram 26,4% no mesmo período. Pelo visto, mudar a “casca” não é o bastante para impressionar o consumidor atual.
Ponto a ponto
Desempenho – O motor 1.8 litro de 108 cv e 17,1 kgfm de torque impulsiona o sedã de maneira correta. O torque máximo a 3.200 rpm permite arrancadas e retomadas boas. A transmissão automática de seis velocidades trabalha harmoniosamente com o motor, com bom tempo de troca e respostas imediatas às pisadas no acelerador. Nota 8. Estabilidade – O Cobalt Elite não tem nenhuma vocação esportiva. Mas o sedã compacto se mantém estável tanto nas curvas quanto nas retas em velocidades mais elevadas. As rolagens de carroceria até aparecem, mas nada muito diferente da realidade da categoria. A sensação de segurança se mantém presente sempre, desde que não se coloque o modelo em seus limites. Até porque ele não conta com qualquer tecnologia de segurança nesse sentido. Nota 7. Interatividade – O face-lift não mudou em nada esse quesito. Os comandos seguem simples e de uso intuitivo. A tela “touch” de 7 polegadas ao centro do painel da versão Elite é fácil de mexer e a configuração ainda conta com o sistema OnStar e volante multifuncional. Decepcionante é o botão localizado na alavanca do câmbio automático, para as trocas manuais. É incômodo o suficiente para se esquecer que ele existe. Nota 7. Consumo – A Chevrolet não participa do Programa de Etiquetagem Veícular do Inmetro. Durante a avaliação, o modelo registrou média de 8,3 km/litro em ciclo misto com gasolina. É pouco para um sedã compacto. Nota 5.Tecnologia – A plataforma do modelo é a Gamma II, usada mundialmente pela GM para modelos compactos de tração dianteira. Não é sofisticada, mas é razoavelmente recente, de 2010. Os recursos tecnológicos do Cobalt Elite não vão muito além do sistema multimídia touchscreen. Não há qualquer salva-guarda de segurança, além das obrigatórias por lei. Nota 6. Conforto – Nesse ponto, o Cobalt Elite se destaca. O espaço traseiro é amplo para pernas e cabeças e mesmo um quinto elemento não chega a incomodar em distâncias médias. Os bancos revestidos em couro possuem boa densidade e a suspensão absorve com eficiência os desníveis das ruas brasileiras. O isolamento acústico, porém, deixa muito a desejar quando se extrai um pouco mais de vigor do trem de força. Nota 8. Habitalidade – Há nichos suficientes para acomodar os objetos que precisam estar mais à mão do motorista. Além do habitáculo espaçoso, entrar e sair do veículo é fácil devido ao bom ângulo de abertura das portas. O porta-malas é outro ponto a favor: carrega expressivos 563 litros. Nota 9. Acabamento – O Cobalt é um carro racional, que não prima por luxo ou requinte. Os plásticos rígidos são abundantes, mas a versão Elite traz revestimentos em couro que mistura preto e marrom e dá à cabine alguma dose de charme. O preto brilhante aparece no centro do painel, na moldura do sistema multimídia, e nas extremidades, nas saídas laterais do ar-condicionado, além de cobrir parte da alavanca do câmbio. Nota 7.
Design – O face-lift serviu para deixar para trás o visual quadrado que foi motivo de críticas ao sedã desde o seu lançamento. As mudanças estéticas afetaram basicamente a frente e a traseira – incluindo o capô e a tampa do porta-malas. Mas a impressão é a de que se trata de um carro totalmente novo. Os faróis estão afilados e com dupla parábola e as lanternas, deitadas e repartidas pela tampa do compartimento de bagagens. O resultado é um aspecto mais elegante e que amplia a sensação de largura do Cobalt. Nota 8. Custo/Benefício – O Chevrolet Cobalt Elite está entre os sedãs compactos mais caros do mercado. Ele custa R$ 68.990 e não contempla opcionais. Na mesma faixa de preço, está o Hyundai HB20S, que tem 20 cv a mais de potência. E é quase 15% mais caro que um Toyota Etios sedã 1.5 automático e um Renault Logan Dynamique 1.6 com transmissão automatizada. Definitivamente, há opções melhores e bem mais baratas que o Cobalt. Nota 6. Total – O Chevrolet Cobalt Elite somou 71 pontos em 100 possíveis.
Impressões ao dirigir
Foi-se o tempo em que o Chevrolet Cobalt exibia um design sem graça e “quadradão”. O face-lift adotado pela marca no fim do ano passado deu uma cara completamente nova ao carro. Agora, ele tem elegância e parece até de categoria superior na versão de topo Elite. A marca adotou no sedã compacto as linhas horizontalizadas de sua nova assinatura, já presente no sedã médio-grande Malibu nos Estados Unidos e que em breve estará também no médio Cruze, que passará a vir da Argentina em breve. Por outro lado, reestilizações que mexem tanto com o visual de um carro normalmente vêm acompanhadas de alterações internas e inovações tecnológicas. Nesse ponto, a Chevrolet “economizou”. Por dentro, nada mudou. A configuração de topo Elite só surpreende positivamente pelos revestimentos que mesclam couro marrom e preto. Essa combinação até transmite algum requinte ao habitáculo simples, cuja principal atração continua sendo a central multimídia com tela touch de 7 polegadas MyLink.Os bancos são macios e o espaço é amplo. Achar a melhor posição para dirigir é fácil e todos os comandos – nem são tantos – estão bem localizados e têm leitura simples. O volante tem boa pegada e o porta-malas facilita a vida de quem usa o carro para viajar com a família ou a trabalho, com seus fartos 563 litros de capacidade. Em movimento, o Cobalt também privilegia o conforto. As trocas de marchas são suaves e o sistema interpreta bem a intenção das pisadas do condutor. Arrancadas e retomadas são eficientes – muito em função do torque máximo estar disponível já aos 3.200 giros. O resultado é um vigor satisfatório sem grande espera. O comportamento também é bom nas curvas e a direção se mostra firme mesmo em velocidades elevadas. O ganho de velocidade é melhorado quando se opta pelas trocas de marchas manuais. O problema aí está no irritante botão utilizado para isso, localizado na própria alavanca do câmbio. Aletas no volante específicas para isso poderiam proporcionar uma direção bem mais instigante.
Ficha técnica
Chevrolet Cobalt Elite
Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1796 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Injeção e acelerador eletrônicos.Transmissão: Câmbio automático de seis velocidades em modo sequencial à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 108 cv a 5.400 rpm e 106 cv a 5.600 rpm com etanol e gasolina.
Torque máximo: 17,1 kgfm e 16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,2 mm.
Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson, com braço de controle ligado e barra estabilizadora. Traseira semi-independente, com eixo de torção e barra estabilizadora soldada no eixo. Não possui controle de estabilidade.
Pneus: 195/65 R15.
Freios: Dianteiros a disco ventilados e traseiros a tambor, com ABS.
Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,48 m de comprimento, 1,73 m de largura, 1,52 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. Possui airbags frontais.
Peso: 1.135 kg.
Capacidade do porta-malas: 563 litros.
Tanque de combustível: 54 litros.
Produção: São Caetano do Sul, São Paulo.
Itens de série: ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, alarme, faróis de neblina, sensor de estacionamento, computador de bordo, rodas de alumínio, volante multifuncional, controle de cruzeiro, sistema multimídia My Link, serviço de assistência OnStar, bancos com revestimento em couro, câmara de ré e sensor de chuva e de luminosidade.
Preço: R$ 68.990.
Autor: Márcio Maio (Auto Press)
Fotos: Isabel Almeida/Carta Z Notícias
Questão de imagem - Cobalt Elite traz nova assinatura de design da Chevrolet, mas mantém interior e tecnologias antigas
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 27 Apr 2016 10:50:00
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