30 de ago. de 2014

Teste: Chevrolet Camaro Conversível é carro para desfilar na cidade e curtir na estrada

Teste: Chevrolet Camaro Conversível é carro para desfilar na cidade e curtir na estrada






Vocação esportiva: Camaro Conversível tem suspensão firme ideal para as curvas, mas incômoda para o dia a dia Luiz Betti/R7 Existem carros que nasceram para brilhar. No caso do Chevrolet Camaro, produzido nos EUA desde 1966, a fama conhecida há décadas pelos admiradores dos "muscle cars" (carros musculosos) foi ampliada pela série "Transformers" e explodiu por aqui com a música "Camaro Amarelo" (2012), que o alçou ao status de superstar. Não por acaso, ele parece desfilar sobre tapete vermelho pelas ruas, tamanha a comoção que provoca. Alguns olham com discrição, outros viram o pescoço. Há também os  piadistas, que não perdem a chance de tirar onda: "O que ele tá fazendo com meu carro?". Assim, é quase impossível passar despercebido nele — sobretudo na versão SS Conversível, de R$ 239.900, recém-lançada no País e avaliada pelo R7 Carros. Se você não curte chamar atenção, nem precisa continuar neste texto: o Camaro não é para você. Do contrário, esteja preparado para doses cavalares de emoção (e diversão) ao volante. Por fora, a capota de lona é a novidade do conversível para o cupê. Para acioná-la, existem algumas limitações: o carro deve estar parado, o câmbio na posição P (parking) e a rede divisória do porta-malas estendida. Em seguida, é preciso alguma força — e paciência — para puxar a alça de destravamento e manter pressionado o botão próximo ao retrovisor central.

Entradas de ar marcam o capô musculoso do Chevrolet Camaro Luiz Betti/R7 O espetáculo, que leva cerca de 20 segundos, termina com a capota recolhida no bagageiro, que acomoda bons 290 litros — mais do que um Volkswagen Gol — e traz uma bolsa com molduras para ocultar as engrenagens da capota. Procedimento concluído, é hora de sentir o vento no rosto. Abram alas: a estrela chegou A versão conversível do Camaro ganhou reforços estruturais na carroceria para melhorar equilíbrio e dinâmica, mas manteve o propulsor do cupê: 6.2 litros V8 de 406 cavalos e 56,7 kgfm de torque gerenciados pela transmissão automática de seis marchas com trocas no volante. Na hora de acelerar, o câmbio apresentou mudanças rápidas e precisas, elevando o giro em acelerações bruscas e mantendo a rotação baixa em estímulos progressivos. Com o pé direito no assoalho, a reação é brutal: o motor roncar grave e empurra o conversível como uma bala de canhão. Pena que tanta potência não possa ser totalmente explorada na cidade, onde o conversível está fora do "habitat natural" ao ser prejudicado pelo seu tamanho (sobretudo na largura) e pela baixa altura do solo, que exigem atenção redobrada com vias estreitas e lombadas. Isso sem contar a sua capacidade de chamar atenção, que se por um lado massageia o ego do motorista, por outro atiça a cobiça de quem vive fora da lei.

Interior pragmático usa plásticos e prioriza esportividade ao luxo Luiz Betti/R7 O acerto firme da suspensão, por sua vez, elimina o conforto no uso diário ao transmitir à cabine as irregularidades do piso. Por outro lado, é nas curvas que o Camaro mostra sua vocação esportiva, passando segurança mesmo nas entradas mais vigorosas, graças aos controles de estabilidade e tração. Camarim Com a capota fechada, o isolamento acústico da cabine surpreende. Pena não filtrar apenas o barulho externo, mas também a sinfonia dos oito cilindros. O acabamento interno é honesto, com peças bem encaixadas e comandos a mão do motorista — à exceção do antiquado freio de mão. Mas não enche os olhos: há plásticos na parte inferior do painel e componentes de carros mais básicos, como o volante multifuncional. Além disso, faltam itens de conforto e segurança como sensor de estacionamento dianteiro e ar-condicionado digital. O destaque da cabine é o display digital que projeta as informações do painel de instrumentos no para-brisa. Os bancos dianteiros são confortáveis e tem até aquecimento, mas podiam facilitar o acesso ao banco traseiro, cujo espaço reduzido acomoda com conforto no máximo duas crianças, e pequenas. Ente os rivais, os alemães BMW Z4, Audi TT Roadster e Mercedes-Benz SLK são opções mais compactas e bem acabadas, porém menos potentes. No frigir dos ovos, o Chevrolet Camaro Conversível atenderá às expectativas de quem busca um sem-teto com estilo único e potência de sobra. Nesse preço, ele consegue aliar como poucos desempenho e capacidade de sedução. Saiba tudo sobre carros! Acesse www.r7.com/carros  

Fonte: R7
Publicado em: 2014-08-16T14:12:00-03:00
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