Concorrência sempre faz coisas. Fez, desta vez, a Mercedes lançar um novo Classe C com muita tecnologia, acabamento interno ainda mais caprichado e linhas que harmonizam a tradição da marca com a esportividade de suas concorrentes germânicas, Audi e BMW. Visto a distância, o novo sedã leva jeito de um Classe S encolhido. O Classe C sempre foi o sonho do consumidor bem-sucedido que já incursionou pelos mais caros nacionais ou outros importados menos referenciais no nosso mercado. Em sua quinta geração, os destaques são a nova carroceria, que ganhou, além de um novo e moderno design, componentes em alumínio que reduziram o peso do carro em 60kg, apesar de ter crescido em relação ao modelo antigo. E, se requinte no interior já é marca registrada da Mercedes, o novo Classe C ganhou ainda mais sofisticação e faz lembrar o luxuoso Classe S.
ESPAÇO A nova geração do sedã ganhou 10cm no comprimento, oito no entre-eixos e quatro na largura, com mais espaço na cabine. O porta-malas ganhou cinco litros e passou para 480 litros.
INTERIOR No painel, destaque para o revestimento em couro com um grande display central, as teclas de comando e console em madeira. Os detalhes de acabamento superam os concorrentes do segmento e remetem aos grandes sedãs mais luxuosos.
TECNOLOGIA Na categoria, o único a oferecer faróis e lanternas full led. No console central, além do botão tradicional de comando das funções de comportamento dinâmico, conforto e entretenimento, um pioneiro touchpad que permite comandá-las com os dedos. O dispositivo Distronic, que mantém distância fixa do veículo da frente, ainda não pode ser ativado no Brasil: a Anatel não o homologou, pois sua frequência coincide com a de outro equipamento eletrônico.
MECÂNICA São três versões, com motores 1.6 de 156cv (C180), 2.0 de 184cv (C200) e 2.0 de 211cv (C250 Sport). O câmbio é automático de sete marchas. A suspensão é multilink na dianteira e traseira. Ela “entende” o motorista e se ajusta para seu estilo. E tem estabilidade de sobra, pois o centro de gravidade baixou e o peso reduziu. A direção é elétrica, com controle adaptativo eletrônico. Freio de estacionamento também elétrico e vários outros sistemas eletrônicos de controle carregados de letrinhas.
AO VOLANTE O novo Classe C é superobediente e responde bem às ordens do motorista. Anda grudado no asfalto e permite optar entre rodar com economia, conforto ou dois níveis de esportividade. A ergonomia é o ponto alto: a poltrona “veste” o motorista e tudo está à mão. Até a alavanca do câmbio que migrou para a coluna de direção. O câmbio passa bem as marchas, mas, por ser o automático tradicional, poderia ser mais rápido. O test-drive para jornalistas foi com o modelo mais bravo, o 250 Sport. Que anda muito, acelera bem, mas as rodas de 18” exigem pneus de perfil baixo e a suspensão faz o possível, mas a absorção das irregularidades do piso deixa um pouco a desejar. Pessoalmente, para rodar no Brasil, optaria pelo aro 17”.
NO BRASIL A Mercedes C180 chega por R$ 138.900 nas versões Avantgarde ou Exclusive. A C200 apenas como Avantgarde, por R$ 154.900. E a 250 Sport tabelada em R$ 189.900. Prevista a importação da station-wagon até o fim do ano e a bravíssima C63 AMG em março de 2015. Cupê previsto para 2016, ano em que a Mercedes pretende também iniciar a produção do Classe C na fábrica que constrói em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Vai dividir a linha de montagem com o GLA, um SUV compacto derivado da plataforma do Classe A, que chega antes (em setembro), também importado.
Fonte: R7
Publicado em: 2014-08-15T19:43:00-03:00
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