A General Motors resolveu atirar para todos os lados. Na apresentação da linha 2016 da Chevrolet S10, a montadora americana decidiu atacar de forma sistemática todos os subnichos possíveis do segmento de picapes médias. A marca criou nada menos que quatro novas configurações, sem que nenhuma das três já existentes fosse aposentada: Advantage, Chassis Cab, Freeride e High Country, sendo que LS, LT e LTZ continuam em linha. Freeride e High Country, sempre com cabine dupla, chegam imediatamente ao mercado e são voltados à parte superior da gama. Já as versões Advantage, de cabine dupla, e Chassis Cab, sem caçamba, que só chegam ao mercado a partir de agosto, estão na outra extremidade.
A versão High Country é baseada na versão com o mesmo nome que costuma indicar a versão de topo entre as picapes da Chevrolet no mercado norte-americano. Ela focada no mercado do luxo e se torna bem oportuna porque é no andar de cima que a crise é menos aguda. A partir da LTZ, o Centro de Design da marca desenvolveu alguns acessórios para sacudir o visual da S10. O santantônio integrado aos trilhos da capota marítima, que corre toda a borda da área de carga, nivelou capô e caçamba e emprestou mais robustez ao conjunto. Ela ainda ganhou um aplique frontal, como se o para-choque fosse de impulsão, rodas aro 18 e maçaneta cromada na tampa traseira. Os demais detalhes são todos originados na versão LTZ.
Além de valorizar o porte, a ideia era ressaltar o lado requintado da picape. Daí trazer um acabamento interno idêntico ao da Trailblazer LTZ. Revestimento em couro preto nas portas, apoio de braço e base dos bancos e em couro marrom com pesponto amarelo nas áreas de assento e encosto. A lista de equipamentos é bem completa. Tem ar digital, sistema multimídia com GPS, câmara e sensor de ré, controle de estabilidade, tração e descida de rampa. A High Country é sempre cabine dupla com motor turbodiesel de 200 cv, câmbio automático de seis marchas e tração 4X4 com reduzida. Ela custa R$ 163.800, exatos R$ 9.250 a mais que a versão LTZ.
A Freeride segue a lógica de incluir os equipamentos mais óbvios para quem quer uma picape com algum conforto e estilo, mas com preço mais em conta. A rigor, ela é uma LT incrementada com alguns recursos, como capota marítima, santantônio, sensor e câmara de ré. Ela sai a R$ 95.340, ou R$ 4.450 a mais que o modelo básico com a mesma motorização 2.5 litros com injeção direta de gasolina, 206 cv e transmissão manual de seis marchas.
Individualmente, as versões High Country e Freeride devem responder por até 7% da linha S10. Atualmente isso significaria cerca de 200 unidades por mês, já que no primeiro semestre, a média de vendas da S10 foi de pouco menos que 3.200 unidades mensais. Esse volume é quase 25% inferior à média do ano passado, que ultrapassou as 4.200 unidades mensais. E é essa queda que explica essa movimentação da GM. Mesmo que sua picape média esteja em uma posição confortável em relação às rivais – a Toyota Hilux vende 15% menos e a Ford Ranger, a terceira colocada, quase a metade.
Esse cenário pode ser alterado – a favor da Chevrolet – com os dois modelos prometidos para agosto/setembro e que chegam para fazer volume na linha. Eles não têm preços definidos, mas a seguir a tradição das versões Advantage, o preço deve ser fixado perto dos R$ 75 mil – entre 8 e 10% menos que a versão básica, a LS com cabine dupla e motor 2.4 flex. A Chassis Cab, cabine simples sem caçamba, deve ficar em torno de R$ 65 mil. Com estas quatro novas configurações, junto com as três já existentes, a S10 deve cobrir os sete cantos do segmento de picapes médias e reafirmar a liderança que já ostenta há 20 anos.
Outra melhora perceptível foi no isolamento acústico. Dinamicamente, a única alteração notável são as novas rodas aro 18, com pneus 265/60. Ajuda um pouco na estabilidade do modelo, principalmente nas retas, mas transmite mais trepidações no habitáculo. Ela fica mais à vontade no asfalto liso, quando os 200 cv do motor turbodiesel podem ser melhor explorados.
Durante o teste, feito no Campo de Provas de Cruz Alta, da GM, a caçamba vazia facilitava as saídas de traseira nas curvas mais fortes. Tratava-se da pista D1, que reproduz, de forma crítica, as rodovias brasileiras. Ali, o controle eletrônico de tração foi bastante demandado. Uma outra parte do teste foi feita na pista off-road, no mesmo complexo, que estava um tanto “ensaboada” pela chuva dos três dias anteriores. Ali, os mesmos pneus de uso misto que ajudam no asfalto, atrapalham na hora de enfrentar a lama. Rapidamente eles ficam com os sulcos preenchidos, o que logo cria dificuldade no off-road.
A outra versão apresentada pela GM foi a Freeride, animada pelo motor 2.5 litros, com injeção direta de combustível e 206 cv. Com esta potência, certamente faz falta o controle eletrônico de estabilidade. Apesar de os pneus que calçam as rodas sejam 245/70 R16, a Freeride quase não flutua. O novo acerto de suspensão se mostrou bem eficiente no modelo – ela é cerca de 300 kg mais leve que a High Country, que tem 2.139 kg em ordem de marcha.
O interior da Freeride parece um tanto despojado, ainda mais depois de visitar o habitáculo da High Country. Os plásticos rígidos estão lá em profusão e os tecidos do revestimento é um tanto rústico. A rigor, tem tudo que se espera de uma picape média intermediária: ar, trio, direção, mas sem qualquer glamour.
Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira com 4X4 e reduzida com acionador eletrônico. Controle eletrônico de tração e assistente de partida em rampas.
Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 10,3 s.
Velocidade máxima: 180 km/h.
Torque máximo: 51 kgfm a 2 mil rpm.
Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm.
Taxa de compressão: 16,5:1.
Motor (Freeride): Gasolina e etanol, dianteiro, longitudinal, 2.457 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando variavel de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível.
Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira.
Potência máxima: 197 cv a 6.300 rpm com gasolina e 206 cv a 6 mil rpm com etanol.
Torque: 26,3 kgfm com gasolina e 27,3 kgfm com etanol a 4.400 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 9,5 s com gasolina e 9,1 s com etanol.
Velocidade máxima: 163 km/h.
Diâmetro e curso: 88 mm X 101 mm.
Taxa de compressão: 11,3:1 Suspensão: Dianteira independente, com braços articulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com feixe de molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos e pressurizados. Possui controle de estabilidade na versão High Country.
Pneus: 245/70 R16 (Freeride) e 265/60 R18 (High Country)
Freios: Dianteiros por discos ventilados e traseiros a tambor. ABS com EBD de série.
Carroceria: Picape montada sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Com 5,35 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,80 m de altura (1,90 m na versão High Country) e 3,10 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Peso: 1.828 kg (2.139 kg na versão High Country).
Capacidade da caçamba: 1.570 litros
Tanque de combustível: 80 litros.
Produção: São José dos Campos, Brasil.
Lançamento da geração no Brasil: 2012.
Preço: R$ 95.340.
High Country: adiciona faróis em cromo escurecido, aplique no para-choque dianteiro, estribos laterais, rodas de liga leve de 18 polegadas, frisos cromados na base dos vidros das portas, lanternas em leds, rack de teto com barras longitudinais e transversais, banco do motorista com regulagem elétrica, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento e volante multifuncional.
Preço: R$ 163.800.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias e Divulgação
Amplo espectro - GM cria novas versões da picape Chevrolet S10 para tentar driblar a crise e se manter na liderança
A versão High Country é baseada na versão com o mesmo nome que costuma indicar a versão de topo entre as picapes da Chevrolet no mercado norte-americano. Ela focada no mercado do luxo e se torna bem oportuna porque é no andar de cima que a crise é menos aguda. A partir da LTZ, o Centro de Design da marca desenvolveu alguns acessórios para sacudir o visual da S10. O santantônio integrado aos trilhos da capota marítima, que corre toda a borda da área de carga, nivelou capô e caçamba e emprestou mais robustez ao conjunto. Ela ainda ganhou um aplique frontal, como se o para-choque fosse de impulsão, rodas aro 18 e maçaneta cromada na tampa traseira. Os demais detalhes são todos originados na versão LTZ.
Além de valorizar o porte, a ideia era ressaltar o lado requintado da picape. Daí trazer um acabamento interno idêntico ao da Trailblazer LTZ. Revestimento em couro preto nas portas, apoio de braço e base dos bancos e em couro marrom com pesponto amarelo nas áreas de assento e encosto. A lista de equipamentos é bem completa. Tem ar digital, sistema multimídia com GPS, câmara e sensor de ré, controle de estabilidade, tração e descida de rampa. A High Country é sempre cabine dupla com motor turbodiesel de 200 cv, câmbio automático de seis marchas e tração 4X4 com reduzida. Ela custa R$ 163.800, exatos R$ 9.250 a mais que a versão LTZ.
A Freeride segue a lógica de incluir os equipamentos mais óbvios para quem quer uma picape com algum conforto e estilo, mas com preço mais em conta. A rigor, ela é uma LT incrementada com alguns recursos, como capota marítima, santantônio, sensor e câmara de ré. Ela sai a R$ 95.340, ou R$ 4.450 a mais que o modelo básico com a mesma motorização 2.5 litros com injeção direta de gasolina, 206 cv e transmissão manual de seis marchas.
Individualmente, as versões High Country e Freeride devem responder por até 7% da linha S10. Atualmente isso significaria cerca de 200 unidades por mês, já que no primeiro semestre, a média de vendas da S10 foi de pouco menos que 3.200 unidades mensais. Esse volume é quase 25% inferior à média do ano passado, que ultrapassou as 4.200 unidades mensais. E é essa queda que explica essa movimentação da GM. Mesmo que sua picape média esteja em uma posição confortável em relação às rivais – a Toyota Hilux vende 15% menos e a Ford Ranger, a terceira colocada, quase a metade.
Esse cenário pode ser alterado – a favor da Chevrolet – com os dois modelos prometidos para agosto/setembro e que chegam para fazer volume na linha. Eles não têm preços definidos, mas a seguir a tradição das versões Advantage, o preço deve ser fixado perto dos R$ 75 mil – entre 8 e 10% menos que a versão básica, a LS com cabine dupla e motor 2.4 flex. A Chassis Cab, cabine simples sem caçamba, deve ficar em torno de R$ 65 mil. Com estas quatro novas configurações, junto com as três já existentes, a S10 deve cobrir os sete cantos do segmento de picapes médias e reafirmar a liderança que já ostenta há 20 anos.
Primeiras impressões
Indaiatuba/São Paulo – Enquanto a High Country é pensada para o dono da fazenda, a Freeride é direcionada para o capataz. Mas nem a pompa com que foi apresentada a nova versão top da linha ofuscou o fato que a S10 não mudou na essência. O que não é necessariamente ruim. Tanto que a nova versão top da S10 só tem a mais o visual, mais robusto e moderno. Além do visual, o investimento da GM foi na vida a bordo. O acabamento em couro abrange, inclusive, o apoio de braços entre os bancos dianteiros, o que ampliou as superfícies macias no interior – que, para um carro acima de R$ 160 mil, recorre demais a plástico duro no acabamento.Outra melhora perceptível foi no isolamento acústico. Dinamicamente, a única alteração notável são as novas rodas aro 18, com pneus 265/60. Ajuda um pouco na estabilidade do modelo, principalmente nas retas, mas transmite mais trepidações no habitáculo. Ela fica mais à vontade no asfalto liso, quando os 200 cv do motor turbodiesel podem ser melhor explorados.
Durante o teste, feito no Campo de Provas de Cruz Alta, da GM, a caçamba vazia facilitava as saídas de traseira nas curvas mais fortes. Tratava-se da pista D1, que reproduz, de forma crítica, as rodovias brasileiras. Ali, o controle eletrônico de tração foi bastante demandado. Uma outra parte do teste foi feita na pista off-road, no mesmo complexo, que estava um tanto “ensaboada” pela chuva dos três dias anteriores. Ali, os mesmos pneus de uso misto que ajudam no asfalto, atrapalham na hora de enfrentar a lama. Rapidamente eles ficam com os sulcos preenchidos, o que logo cria dificuldade no off-road.
A outra versão apresentada pela GM foi a Freeride, animada pelo motor 2.5 litros, com injeção direta de combustível e 206 cv. Com esta potência, certamente faz falta o controle eletrônico de estabilidade. Apesar de os pneus que calçam as rodas sejam 245/70 R16, a Freeride quase não flutua. O novo acerto de suspensão se mostrou bem eficiente no modelo – ela é cerca de 300 kg mais leve que a High Country, que tem 2.139 kg em ordem de marcha.
O interior da Freeride parece um tanto despojado, ainda mais depois de visitar o habitáculo da High Country. Os plásticos rígidos estão lá em profusão e os tecidos do revestimento é um tanto rústico. A rigor, tem tudo que se espera de uma picape média intermediária: ar, trio, direção, mas sem qualquer glamour.
Ficha técnica
Chevrolet S10 2016
Motor (High Country): Diesel, dianteiro, longitudinal, 2.776 cm³, turbo, com intercooler, com quatro cilindros em linha e 16 válvulas. Injeção direta e acelerador eletrônico.Transmissão: Câmbio automático de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira com 4X4 e reduzida com acionador eletrônico. Controle eletrônico de tração e assistente de partida em rampas.
Potência máxima: 200 cv a 3.600 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 10,3 s.
Velocidade máxima: 180 km/h.
Torque máximo: 51 kgfm a 2 mil rpm.
Diâmetro e curso: 94,0 mm X 100,0 mm.
Taxa de compressão: 16,5:1.
Motor (Freeride): Gasolina e etanol, dianteiro, longitudinal, 2.457 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, duplo comando variavel de válvulas no cabeçote. Injeção direta de combustível.
Transmissão: Câmbio manual de seis marchas à frente e uma a ré. Tração traseira.
Potência máxima: 197 cv a 6.300 rpm com gasolina e 206 cv a 6 mil rpm com etanol.
Torque: 26,3 kgfm com gasolina e 27,3 kgfm com etanol a 4.400 rpm.
Aceleração 0-100 km/h: 9,5 s com gasolina e 9,1 s com etanol.
Velocidade máxima: 163 km/h.
Diâmetro e curso: 88 mm X 101 mm.
Taxa de compressão: 11,3:1 Suspensão: Dianteira independente, com braços articulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e pressurizados e barra estabilizadora. Traseira com feixe de molas semielípticas de dois estágios e amortecedores hidráulicos e pressurizados. Possui controle de estabilidade na versão High Country.
Pneus: 245/70 R16 (Freeride) e 265/60 R18 (High Country)
Freios: Dianteiros por discos ventilados e traseiros a tambor. ABS com EBD de série.
Carroceria: Picape montada sobre longarinas com quatro portas e cinco lugares. Com 5,35 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,80 m de altura (1,90 m na versão High Country) e 3,10 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais de série.
Peso: 1.828 kg (2.139 kg na versão High Country).
Capacidade da caçamba: 1.570 litros
Tanque de combustível: 80 litros.
Produção: São José dos Campos, Brasil.
Lançamento da geração no Brasil: 2012.
Itens de série e Preços
Freeride: ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, trio elétrico, piloto automático, capota marítima, santantônio e central multimídia com câmera de ré.Preço: R$ 95.340.
High Country: adiciona faróis em cromo escurecido, aplique no para-choque dianteiro, estribos laterais, rodas de liga leve de 18 polegadas, frisos cromados na base dos vidros das portas, lanternas em leds, rack de teto com barras longitudinais e transversais, banco do motorista com regulagem elétrica, ar-condicionado digital, sensor de estacionamento e volante multifuncional.
Preço: R$ 163.800.
Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias e Divulgação
Amplo espectro - GM cria novas versões da picape Chevrolet S10 para tentar driblar a crise e se manter na liderança
Fonte: Salão do Carro
Categoria: Testes
Publicado em: 09 Jul 2015 10:17:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário